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Entenda como funciona o pagamento com biometria no Pix

Entenda como funciona o pagamento com biometria no Pix

Aprovado pelo Banco Central, o novo formato do Pix promete eliminar a necessidade de alternar entre aplicativos durante as compras

Publicado em 1 de setembro de 2025 às 11:08

Pix Biométrico promete diminuir etapas e aumentar a segurança dos pagamentos
No Pix Biométrico, pagamentos ou transferências podem ser realizadas por meio  de autenticação facial Crédito: Freepik

Uma das principais formas de pagamento no Brasil, o Pix tem uma ferramenta de segurança ainda mais poderosa: a biometria. Lançado e aprovado pelo Banco Central do Brasil (BC) em fevereiro como parte da agenda de Open Finance, o Pix Biométrico deve garantir ainda mais segurança e rapidez aos usuários na hora de pagar contas ou fazer transferências.

Essa experiência de pagamento de nova geração faz parte da Jornada Sem Redirecionamento (JSR), que elimina a necessidade de alternar entre aplicativos durante as compras, utilizando autenticação facial ou impressão digital para confirmar as transações.

Desde o anúncio do Banco Central, a ferramenta se tornou obrigatória para todas as instituições detentoras de conta participantes do Pix, entre elas: C6 Bank, PicPayItaúBanco do BrasilBradescoCaixaSantanderNubank e Inter.

Entre empresas de maquininhas de cartão que já oferecem a modalidade estão, por exemplo, Cielo, Getnet (do Santander), Rede (do Itaú), Mercado Pago, Stone, SumUp e Fiserv.

Como funciona a biometria no Pix?

  • Selecionar Pix Biométrico: No momento da compra, o usuário escolhe o Pix Biométrico como método de pagamento.
  • Iniciar o registro/pagamento: O sistema envia as informações de pagamento necessárias. Se for a primeira vez que a pessoa usa o Pix com aquele banco, o sistema também inicia um processo de cadastro único.
  • Redirecionar para a instituição bancária (para registro): O usuário é redirecionado com segurança para a interface do aplicativo do seu banco.
  • Registro biométrico único: A instituição bancária solicita a validação biométrica (digitalização do rosto ou da impressão digital) para confirmação. Depois de validados, a instituição armazena com segurança esses dados para todos os pagamentos futuros com esse banco específico.
  • Retornar ao aplicativo e concluir o pagamento: Após esse registro único (se aplicável), ou imediatamente para pagamentos subsequentes, o usuário é redirecionado de volta ao aplicativo do comerciante. O pagamento é, então, autenticado por meio de sua biometria, e a transação é concluída instantaneamente.

Pix Biométrico é mais fácil e tem menos processos

Com o Pix Biométrico, vem também a promessa de diminuir o número de etapas até a conclusão do pagamento. Toda transação é concluída com uma simples leitura do rosto ou da impressão digital. A experiência é semelhante à do Apple Pay ou do Google Wallet, mas com uma diferença fundamental: não há redirecionamento. Os usuários simplesmente escaneiam o rosto ou impressão digital e pagam, tudo na mesma interface.

Segundo César Garcia, CEO da OneKey Payments, a nova modalidade tem o potencial de superar as outras formas de pagamentos via Pix: “Estamos falando de um clique para escanear seu rosto ou impressão digital, sem abrir seu aplicativo bancário ou copiar códigos. Isso reduz o processo de pagamento de 2 minutos para menos de 10 segundos, aumenta a conversão e elimina o atrito para os usuários que querem aproveitar a experiência, e não preencher formulários", afirmou.

A pesquisa “Disruptive Payments”, da OneKey Payments, lançada recentemente, mostra que 63% dos consumidores latino-americanos abandonaram compras porque lhes foi solicitado que inserissem muitos dados pessoais. Enquanto isso, mais de dois terços (68%) desistiram quando foram redirecionados para uma segunda tela para validar o pagamento.

O Pix Biométrico elimina os redirecionamentos ao vincular os dados biométricos diretamente à conta bancária do usuário, permitindo que os pagamentos sejam confirmados instantaneamente em uma única interface. Como resultado, as taxas de conversão podem chegar a 90%, em comparação com apenas 38% com os fluxos tradicionais de QR code.

Segurança em foco

Além da velocidade, a segurança também é um tópico fundamental dessa forma de pagamento. Em 2024, mais da metade dos brasileiros relatou ter sido vítima de golpes financeiros. Quase 50% desses casos envolveram fraude de cartão de crédito, enquanto os códigos QR Pix fraudulentos foram responsáveis por um terço.

Esse é um dos principais motivos pelos quais o Pix Biométrico oferece uma alternativa mais segura. Em vez de depender de informações estáticas, como números de cartão ou chaves Pix, ele utiliza autenticação biométrica.

O mais importante é que as informações biométricas nunca são compartilhadas como dados brutos ou imagens. Em vez disso, são criptografadas e processadas com segurança usando protocolos avançados que protegem a privacidade do usuário e impedem a entrada de fraudadores.

Na prática, isso significa que o Pix Biométrico aprimora a segurança dos métodos mais antigos. Sem cópia, sem falsificação, sem códigos de interceptação. Apenas uma digitalização de rosto ou impressão digital, verificada instantaneamente e protegida de ponta a ponta.

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