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Imóveis ou fundos imobiliários: qual é o melhor para investir?

Imóveis ou fundos imobiliários: qual é o melhor para investir?

Apesar da volatilidade que não percebemos, o rendimento médio dos imóveis superou com folga a rentabilidade da renda fixa nos últimos 100 anos

Publicado em 20 de abril de 2022 às 10:42

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Na coluna desta semana, gostaria de trazer uma visão diferente sobre tudo o que é falado em relação ao investimento em ativos reais. O objetivo é provocar reflexões em relação a um dos investimentos considerados mais conservadores, mas que, na verdade, está bem longe de ser. Considerem o investimento em lojas, lajes, apartamentos e casas uma parte de sua carteira e entendam o que está por de trás dessa classe de ativos.

Começo pela aparente estabilidade do preço dos imóveis, que parece sempre seguir uma tendência de aumento em seu preço e, no pior dos casos, uma estabilidade. A tranquilidade do investidor nada mais é do que uma falsa sensação de segurança trazida pela falta de liquidez (capacidade de transformar o investimento em dinheiro) característica desse tipo de ativo.

Imaginem só: se todos os dias alguém fizesse uma proposta de compra por uma loja comercial no centro de Vitória, ou melhor, se a propriedade do imóvel trocasse de mão diariamente e alguém avaliasse o negócio com base nas expectativas sobre o futuro daquele ponto. Em momentos de economia forte, desemprego baixo e economia crescendo, o valor do imóvel seria maior do que em momentos de crise, por exemplo.

Vista aérea da Avenida César Hilal
Investimento em imóveis é uma possibilidade que atrai muitos poupadores. (Luciney Araújo)

Convido-o a aprofundar ainda mais nossa conversa. E se em vez do momento da nossa economia levássemos em consideração o que esperamos do futuro? Afinal, o valor de qualquer ativo é em função da expectativa de geração de renda daquele ativo pelos próximos anos. Os agentes econômicos são racionais e incorporam em suas previsões o que está acontecendo agora, e quando o a taxa básica de juros muda, precisamos incorporar essa mudança na avaliação do nosso negócio.

Se os imóveis fossem líquidos como as cotas de fundos imobiliários (veículos de investimento que compram imóveis), o investidor médio se assustaria com o comportamento do preço. Me arrisco a dizer que a maior parte dos donos das propriedades repensaria sua concentração de patrimônio imobilizado.

A notícia boa é que o risco de investir na economia real vale o retorno que tivemos até hoje. Apesar da volatilidade que não percebemos, o rendimento médio dos imóveis superou com folga a rentabilidade da renda fixa nos últimos 100 anos e, apesar de ter retorno menor do que a média das ações da Bolsa de Valores, ainda é um investimento de menor risco.

A lição final é a de que cada tipo de investimento tem suas particularidades e que é sempre importante levar em consideração cada detalhe das classes de ativo antes de decidir alocar parte do patrimônio. Trate cada investimento, seja ele financeiro ou na economia real, como uma peça do quebra-cabeças que é o seu portfólio.

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