Publicado em 29 de julho de 2024 às 18:32
A esgrimista brasileira Nathalie Moellhausen participou dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e relatou o diagnóstico de um tumor benigno na região do cóccix. >
A atleta passou por uma crise de lombalgia na semana passada e chegou a ser hospitalizada. Segundo o Comitê Olímpico do Brasil (COB), na ocasião, foi identificado um tumor, aparentemente benigno, na coluna da atleta. Após ter sido eliminada na Olimpíada, ela passará por uma cirurgia para retirar o tumor benigno.>
Segundo o oncologista Fernando Zamprogno, da Rede Meridional, o tumor benigno, em geral, não se espalha pelo corpo e, comumente, não ameaça a vida do indivíduo, apesar de, em certos casos, causar dores intensas. Em contraposição aos tumores malignos, conhecidos como câncer, que além das dores, podem ser letais.>
“Então, não existe câncer benigno. Todo câncer é um tumor maligno que tem a capacidade de invadir outros órgãos e se espalhar pelo corpo, ameaçando a vida do paciente”, explicou o médico.>
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O cóccix é um osso pequeno, situado na extremidade do sacro. O sacro é o final da coluna vertebral, localizado na região do bumbum. É uma zona cheia de saídas de nervos para os membros inferiores e para a área pélvica.>
O especialista esclarece que, geralmente, os tumores benignos nessa região são chamados de condromas. Por ser uma zona óssea é mais comum que as pessoas tenham tumores de natureza condral, que são células de cartilagem, precursoras de células ósseas.>
“Lembrando que nascemos com os ossos bem moles, porém, ao longo do desenvolvimento da vida intranatal e pós-natal, eles vão se calcificando. Então, se forma uma matriz de colágeno, de células de cartilagem e em algumas circunstâncias, que ainda não sabemos todas as causas, pode acontecer o surgimento de um tumor nesta matriz de cartilagem, chamado encondroma”, revelou.>
Fernando Zamprogno
OncologistaZamprogno afirma que a cirurgia é o único método realmente eficaz de eliminação desse tipo de tumor. E que ela vai ser indicada pela clínica do indivíduo. Se esse indivíduo tem mais dores, de difícil controle, a realização da cirurgia passa a ser necessária.>
As possíveis complicações da cirurgia têm muito a ver com o crescimento do tumor no local, do tamanho dele. “Às vezes ele está tão grande que compromete as raízes nervosas e a cirurgia pode deixar alguma lesão de nervo dessa região. Outras vezes, não. Por uma situação peculiar, o indivíduo teve a dor ou algum sintoma precoce, mas o tumor está pequeno. Então, tudo depende do tamanho do tumor, na região”, enfatizou o oncologista.>
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