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Publicado em 25 de abril de 2025 às 14:53
O laboratório Eli Lilly anunciou que o medicamento Mounjaro terá seu lançamento antecipado no Brasil e estará disponível em farmácias a partir da primeira quinzena de maio. Inicialmente, o medicamento chegaria ao país apenas em junho.
A data pode variar dependendo do estado, mas a previsão é que até dia 15 de maio grandes redes de farmácias e drogarias do país estejam abastecidas. Neste momento, somente estarão disponíveis as doses de 2,5 mg e 5 mg, que correspondem às doses iniciais do tratamento. A empresa não informou quando as dosagens mais altas estarão disponíveis.
O medicamento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento do diabetes tipo 2 e aguarda avaliação da agência para a indicação de controle crônico do peso, como adjuvante à dieta e atividade física. O tratamento mensal custará a partir de R$ 1.400 reais, valor válido para os pacientes inscritos no Lilly Melhor Para Você, o Programa de Suporte ao Paciente da Lilly.
Custo do tratamento
O valor equivale à quatro canetas injetáveis do medicamento e é suficiente para um mês de tratamento. Pacientes cadastrados no programa da farmacêutica terão preços mais baixos do que quem estiver fora dele.
Dosagem 2,5 mg - Caixa com 4 canetas custará:
Pelo programa da fabricante Lilly: R$ 1.406,75 (no e-commerce) e R$ 1.506,76 na loja física
Fora do programa da fabricante: R$ 1.907,29
Dosagem 5 mg - Caixa com 4 canetas custará:
Pelo programa da fabricante Lilly: R$ 1.759,64 (no e-commerce) e R$ 1.859,65 na loja física
Fora do programa da fabricante: R$ 2.384,34
O Mounjaro tem como princípio ativo a tirzepatida e é indicado para o tratamento de diabetes tipo 2. "É um medicamento injetável semanal, que tem como princípio ativo a tirzepatida, o primeiro e único agonista duplo dos receptores de dois hormônios produzidos pelo nosso intestino: o GIP e GLP1, que tem papel fundamental no controle da glicemia (açúcar do sangue), apetite e saciedade", explica a endocrinologista Flávia Tessarolo.
A médica conta como o Mounjaro funciona. A Tirzepatida se liga aos receptores de GIP e GLP1 (como uma chave na fechadura), e assim consegue imitar a ação desses dois hormônios, levando ao controle do diabetes tipo 2 e emagrecimento. "Ela possui a maior eficácia já vista no controle do diabetes tipo 2 e perda de peso nessa população", diz Flávia Tessarolo.
Algumas ações da Tirzepatida são:
- Aumento da secreção de insulina e redução da secreção de glucagon pelo pâncreas (o glucagon é um hormônio que aumenta os níveis de glicose, que é o açúcar no sangue);
- Aumento da sensibilidade a insulina;
- Retardo no esvaziamento do estômago;
-Redução do apetite e da ingesta alimentar.
-Essas ações promovem uma melhora do controle do diabetes tipo 2 e redução do peso corporal.
A segurança da medicação já foi bem demonstrada em estudos. Respeitando-se as indicações, contra-indicações, titulação de dose adequada e a cautela em situações clínicas especiais, como por exemplo, pacientes com histórico de pancreatite, é uma medicação que a princípio não oferece risco. "Por isso, a indicação e acompanhamento deve ser sempre feito por um médico. A automedicação é um problema que deve ser combatido", ressalta a endocrinologista.
A médica reforça que é medicamento é indicado para tratamento do diabetes tipo 2 não controlado em adultos, sempre associado a alimentação adequada e atividade física, sozinha ou em associação com algumas outras classes de medicamentos para controle do diabetes.
A Anvisa tornou obrigatória a retenção de receita médica para a compra de medicamentos agonistas GLP-1. Fazem parte dessa classe Ozempic, Wegovy, Saxenda, Mounjaro e similares.
Para promover o aumento do acesso e auxiliar os pacientes ao longo de suas jornadas de tratamento, a Lilly vai incluir Mounjaro em seu Programa de Suporte ao Paciente, Lilly Melhor Para Você. O programa é gratuito e está disponível aos pacientes que receberam a prescrição do seu médico para um medicamento Lilly participante do programa.
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