Publicado em 17 de dezembro de 2019 às 15:00
- Atualizado há 5 anos
Conteúdo originalmente publicado em 09/2015
Você já sentiu dor no peito do tipo queimação, pontada ou aperto? Se pelo menos uma resposta foi positiva, você deve ficar atento à saúde do seu coração e procurar um médico especializado para descobrir o que causou o incômodo.
Especialistas afirmam que saber diferenciar a queimação de um infarto pode ser o primeiro passo para evitar as mortes ocasionadas por essa doença, que chegam a 233 casos de óbitos por dia - a segunda principal causa de morte no Brasil. Os dados são do Ministério da Saúde.
De acordo com o cardiologista Bruno Izoton, a queimação no peito do infarto, na maioria das vezes, é apenas na região torácica e pouco frequente na região epigástrica (boca do estômago), aparecendo de forma rápida, até mesmo súbita, e em poucos minutos a intensidade já é muito forte.
“Essas são as manifestações típicas do infarto. Mas existem vários casos relatados de pessoas que tiveram infarto com dor cuja característica não as alertou para hipótese do mal, nem mesmo para o médico fez a avaliação” alerta.
É comum algumas pessoas sentirem dor no peito, em determinadas fases da vida ou após a prática de exercícios físicos intensos. Mesmo assim, é importante ficar atento e buscar socorro, imediatamente, ao sentirem os sintomas, pois a queimação no peito pode ser o primeiro sinal de que a saúde do coração não está 100% (veja no abaixo as características das dores de um infarto).
O cardiologista Melchior Luiz Lima conta quais os cuidados necessários para evitar o infarto. “Além do acompanhamento médico, é importante fazer tratamentos dos fatores de risco e prevenção com melhora da qualidade de vida, como manter saudável o peso corporal e praticar exercícios físicos aeróbicos”, orienta.
Infarto agudo do miocárdio acontece quando há interrupção completa, ou quase completa, do fluxo de sangue de uma determinada região do miocárdio (músculo do coração).
A principal causa de um infarto é a trombose (coagulação do sangue) de alguma artéria coronária que fica obstruída.
Com o infarto, a função do coração de bombear o sangue fica comprometida, e o paciente desenvolve insuficiência cardíaca - a quantidade de sangue bombeado pelo coração não é suficiente para suprir as necessidades do indivíduo.
A falta de sangue, rico em nutrientes e oxigênio, provoca morte das células do miocárdio. Essas células liberam substâncias que estimulam as terminações nervosas e causam as dores, que funcionam como forma de avisar ao indivíduo que algo de errado está acontecendo.
O infarto, quando não tratado de forma certa, pode causar arritmias graves seguidas de parada cardíaca e morte. Arritmias são a principal causa de óbito nas primeiras horas após o infarto.
As pessoas com maior risco são idosos, diabéticos, hipertensos sem tratamento adequado, obesos, e pessoas com histórico familiar de doença coronariana precoce em parentes de primeiro grau.
Náuseas: Dor acompanhada de náuseas, suor frio, falta de ar ou desmaio.
Abdome: Dor no centro do peito ou na parte superior do abdome e mais intensa que a habitual.
Peito: Incômodo no peito que aparece após a prática de exercício físico e desaparece ao repousar.
Pescoço: Dor no peito que se irradia para o pescoço ou para os braços.
Queimação no peito ou na região epigástrica – “boca do estômago” – é um sintoma que pode corresponder a uma gastrite ou refluxo gastroesofágico, ou pode ser um infarto. Se for persistente, é importante procurar um médico.
Gastrite: Menos forte
A gastrite ou refluxo gastroesofágico geralmente desenvolve-se gradualmente. Começa com leve intensidade e vai aumentando progressivamente ao longo de horas. Dificilmente será uma dor muito forte.
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