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Explante de silicone: complicações com as próteses podem levar à retirada

Explante de silicone: complicações com as próteses podem levar à retirada

Os motivos vão desde maior segurança com os seios naturais a problemas com as próteses, como alguma situação infecciosa ou reações inflamatórias ao material e ao "corpo estranho"

Publicado em 18 de novembro de 2020 às 06:01

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Marcação nos seios; silicone; prótese
Marcação nos seios para colocar prótese de silicone. (Shutterstock)

Colocar próteses de silicone está entre os sonhos de muitas mulheres, mas é preciso ter cuidado ao passar pela cirurgia que deve ser feita com profissionais especializados e seguindo todas as orientações médicas para que seja segura. Nos últimos anos, o movimento inverso vem ganhando cada vez mais adeptas, incluindo famosas, que optaram por retornar ao formato natural dos seios, seja por uma silhueta mais original ou por complicações enfrentadas com as próteses.

A influenciadora Evelyn Regly, que acumula mais de cinco milhões de seguidores no Instagram, compartilhou sua experiência de explante mamário na rede social. Trata-se do procedimento de remoção definitiva de implantes de silicone.

No caso da influencer, a escolha foi feita porque a experiência com as próteses não foi tão boa. “Foram 9 meses com os seios abertos, correndo risco de infecc?a?o. Inu?meras idas à emerge?ncia e a me?dicos, como mastologista, infectologista... Fui do sonho ao pesadelo”, desabafou em uma de suas postagens.

“Quando eu falo que os riscos na?o sa?o divulgados eu na?o estou falando dos riscos que a gente ja? corre fazendo a cirurgia: entubac?a?o, anestesia, o po?s operato?rio sofrido (isso a gente ja? meio que espera), eu to? falando do que esse corpo estranho pode trazer para a sua sau?de”, complementou.

Quando o explante é recomendado

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A maioria das complicações com a prótese envolvem questões infecciosas

Humberto Pinto
Ccirurgião plástico e Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
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O cirurgião plástico e Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Humberto Pinto explica que as principais complicações que podem acontecer em relação à prótese são a ruptura do implante e a contratura capsular, uma reação do organismo que ocorre em volta da prótese e a endurece. “A maioria das complicações com a prótese envolvem questões infecciosas. Nestes casos, o paciente faz um foco infeccioso à distância e essa infecção se instala ali ao redor da prótese, que colabora com a perpetuação do problema”, destaca.

Apesar desses riscos, o médico afirma que o silicone em si não oferece grandes perigos. “É um material bastante inerte e quando bem colocado e bem indicado pode passar dezenas de anos sem causar nenhuma alteração no corpo do paciente”, pontua Humberto.

“Claro que cada caso é um caso, tem diversas condições predisponentes da paciente. Além disso, é importante que quem tem o silicone faça os exames comuns, como a mamografia, assim como as pacientes sem silicone. E, em caso de dúvidas, é necessário procurar pelo seu médico levando seus exames clínicos e laboratoriais”, acrescenta.

Cirurgia e pós-operatório

O explante é feito a partir de uma pequena incisão por onde a prótese é retirada. “Em alguns casos, é colocado um dreno que fica ali de um a dois dias”, complementa o cirurgião.

O pós-operatório é comum a uma mamoplastia redutora, com restrições maiores de 20 a 30 dias sem mobilização exagerada dos braços. São necessários curativos diários e uso de sutiã modelador, além do constante acompanhamento médico de acordo com a necessidade da paciente.

“Os cuidados pós-cirúrgicos são a limpeza da ferida e os remédios analgésicos e antibióticos. Especificamente nos casos de ruptura de prótese, os antibióticos são mantidos por mais tempo, mas em termos gerais, a recuperação é bem rápida”, finaliza o médico.

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