Publicado em 18 de outubro de 2019 às 10:29
A partir da invisibilidade da quantidade de curtidas nas fotos do Instagram, várias discussões já iniciadas voltaram a ser colocadas em pauta, e entre elas está uma importante: a saúde mental dos usuários. Segundo publicação da Vogue Portugal, desde que o botão de like foi colocado pela primeira vez pelo Vimeo, em 2005 tendo, em 2009, chegado ao Facebook é que as pesquisas começaram a notar a existência de uma relação entre a autoestima das crianças e o número de curtidas de uma publicação. >
Ainda existe um abismo entre a responsabilidade das redes sociais e o bem estar emocional dos usuários. Porém, algumas pessoas tentam mudar essa realidade aos poucos. E é o caso das escritoras Naomi Shimada e Sarah Raphael, que lançaram o livro "Sentimentos mistos: explorando a vida moderna e a Internet, uma discussão de cada vez", uma coleção de ensaios e conversas da autoria de especialistas do mundo digital, ativistas e médicos do Serviço de Saúde britânico sobre como a Internet tem influência nos pensamentos que as mulheres têm de si mesmas.>
Naomi e Sarah compartilharam com a Vogue Portugal 5 maneiras de quebrar a bolha digital e construir alguns hábitos online saudáveis - sem que seja necessário dizer "adeus" as redes. Confira:>
TREINE O SEU NÃO JULGAMENTO>
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Quando o Instagram surgiu, em 2010, a plataforma era usada para a publicação de fotografias da Natureza, de pratos de comida e de férias em locais bonitos fotografias que poderiam receber um like ou não. 9 anos depois, a rede evoluiu e tornou-se uma verdadeira plataforma de branding pessoal. E com o nascimento dos "influencers", em 2014, o ato de julgamento se intensificou - já que promovia uma hierarquia entre os 'famosos' e os 'não famosos'. >
Dessa forma, antes de julgar o outro, tire um tempo para pensar o que está te fazendo tomar aquela atitude ou ter certa reação. >
UMA PESSOA NÃO É O QUE ELA PUBLICA>
Segundo uma pesquisa feita por cirurgiões plásticos, uma selfie captada com o braço esticado pode fazer com que o nariz pareça 29% maior. E consequentemente, os aplicativos de edição de imagem oferecem a oportunidade de todos 'acertarem' o que consideram defeitos em si. >
Então, mais uma vez, pense nas suas motivações para tirar essas fotos, se forem espontâneas, e te alegram, continue. Mas, se as selfies servem apenas para alimentar sua ansiedade ou desejo de corrigir 'erros', pare um pouco e reverta esse instinto. E assim, quem sabe, não ocorra uma melhora na sua autoconfiança? >
VIAJE COM ATENÇÃO>
O Instagram transformou a maneira como viajamos, encontramos praias desertas e descobrimos hotéis ainda pouco conhecidos. Mas, viajar com atenção ainda é fundamental. Portanto, reflita sobre como está mostrando aquele local aos outros, e também sobre como expõe as pessoas que estão naquele local. Tente se fazer essa pergunta: "Se eu não pudesse tirar uma foto agora, ainda estaria aqui?" e se a resposta for não, preste mais atenção a sua viagem.>
SE APAIXONE DE VERDADE>
Depois de anos mostrando o seu melhor eu online, o feed do Instagram passa a ser algo real e não um local de fotografias criteriosamente selecionadas. Por isso, se começar um relacionamento através dessa plataforma digital, lembre-se que o que vê ali é apenas uma "meia verdade". E que a pessoa com quem estará é a outra metade daquelas "verdades". >
OS EFEITOS POSITIVOS DAS REDES SOCIAIS>
Diversas pesquisas já avaliaram os efeitos negativos que redes sociais têm sobre o sono, a ansiedade, a depressão e o bem-estar físico. No entanto, existem comunidades que promovem a autoestima e o bem estar mental. Portanto, alimente o seu feed com essas contas, e garanta uma melhor experiência nas suas redes. >
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