Publicado em 20 de novembro de 2020 às 06:05
Desde 2003, o dia 20 de novembro é lembrado como o Dia Nacional da Consciência Negra, mas ainda não se tem muito o que comemorar. O Brasil e o mundo contam com dados alarmantes de genocídio e encarceramento da população negra, além das muitas desigualdades evidenciadas por estes números e facilmente notadas nos ambientes profissionais, sociais e na educação. >
Para reverter essa situação, é necessário que haja um esforço de toda a sociedade para movimentar as estruturas - que durante muito tempo tentou disfarçar com uma ideia de democracia racial - e tornar o país mais inclusivo, de verdade. Tudo isso começa com o conhecimento e com o reconhecimento dessas desigualdades pautadas na questão racial. >
Por conta desse longo caminho a ser trilhado rumo a uma sociedade menos preconceituosa, vale inserir o assunto nas atividades do cotidiano. Por isso, aí vão algumas indicações de filmes e séries para você assistir e refletir nesse mês da Consciência Negra:>
A minissérie de quatro episódios disponível na Netflix conta a história de cinco adolescentes do Harlem. Eles vivem um pesadelo depois de serem acusados injustamente de um ataque a uma atleta branca no Central Park em 1989. Baseada em uma história real, conhecida pela sociedade estadunidense como Os cinco do Central Park, os rapazes passaram de 5 a 12 anos presos e só foram indenizados em 2014.>
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Em entrevista a Oprah Witney - no especial Oprah Apresenta: Olhos que Condenam - também na Netflix, a diretora do filme, Ava DuVernay, define a história como "parte de um sistema que foi construído para ser assim, construído para oprimir, para controlar, para deixar uns acima e outros abaixo" . >
A série acompanha a realidade de estudantes negros em uma faculdade de maioria branca nos Estados Unidos e aborda diversas questões do racismo no cotidiano - o chamado racismo estrutural. Além de deixar várias lições sobre colorismo, que é a maneira como os diferentes tons de pele influenciam na intensidade do racismo sofrido pela pessoa negra. >
Após uma festa com temática de blackface, realizada por alunos brancos, várias tensões se desenrolam no campus e uma das personagens centrais, Sam White (Logan Browning), cria o programa de rádio que dá nome a série e é sintonizado nos auto-falantes do ambiente acadêmico. >
O filme que ganhou um oscar em 2017 conta a história de Chiron um jovem negro e gay. O enredo acompanha todas as etapas da vida do protagonista, como o bullying na infância vivida com a mãe solo, passando pelo processo de reconhecimento da própria identidade e a sexualidade até o abuso físico e emocional. Além disso, tudo se passa em uma região com uma rotina extremamente violenta.>
A série estrelada por Seu Jorge mostra o surgimento de uma facção criminosa em uma cadeia brasileira nos anos 90. Uma advogada honesta vive um dilema moral ao ser obrigada a delatar o líder dessa facção que descobre ser seu irmão desaparecido. >
A produção traz várias reflexões sobre o sistema carcerário do país, majoritariamente ocupado por negros. >
Queridinha, a série se passa em uma delegacia no Brooklyn e os acontecimentos envolvendo o distrito policial mais divertido de Nova York. Com um elenco de peso, o enredo brinca com minorias, mas sem cair em piadas pejorativas. >
Apesar do bom humor, a série encara de frente as questões de preconceito e denuncia racismo e violência policial de uma forma leve. Muitas das situações de discriminação são vividas pelo personagem Terry Jeffords, sargento interpretado por Terry Crews. As seis temporadas estão disponíveis na Netflix>
O filme estrelado por Viola Davis convida à reflexão sobre a realidade da mulher negra. No longa, uma garota branca da alta sociedade, vivida por Emma Stone, entrevista e acompanha a rotina de empregadas domésticas negras que precisam deixar suas casas e famílias para cuidar das casas e dos filhos de patrões brancos em uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos.>
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