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Kamala tenta acalmar aliados dos EUA após caos no Afeganistão

Kamala tenta acalmar aliados dos EUA após caos no Afeganistão

Durante uma visita a Cingapura nesta segunda-feira (23), a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, enfrentou uma série de perguntas

Publicado em 24 de agosto de 2021 às 10:05

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Kamala Harris, vice eleita dos Estados Unidos, durante discurso em Delaware
Kamala Harris, vice eleita dos Estados Unidos. (Lawrence Jackson)

A vice-presidente Kamala Harris procurou tranquilizar os aliados dos EUA na Ásia sobre seu compromisso com a região, enquanto enfrentava uma série de perguntas sobre o Afeganistão durante uma visita a Cingapura nesta segunda-feira, dia 23. A repórteres, Harris apontou diversos acordos firmados com Cingapura sobre segurança cibernética, clima e saúde pública como evidência de que os EUA estão comprometidos em honrar acordos com parceiros de segurança de longa data na região.

A vice-presidente também mencionou que os EUA estavam determinados a completar com sucesso a retirada no Afeganistão, onde o Taleban efetivamente assumiu o controle após 20 anos de guerra com os EUA. O primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, ofereceu-se para ajudar os americanos no esforço de remoção.

"Hoje estamos em Cingapura para enfatizar e reafirmar nosso relacionamento duradouro com este país e nesta região, e para reforçar uma visão compartilhada de uma região Indo-Pacífica livre e aberta e para reafirmar nossos interesses mútuos na paz e estabilidade no Sudeste Asiático", disse Harris, acompanhada de Lee.

Os EUA enfrentaram críticas até mesmo de seus aliados pelo caos gerado no Afeganistão ao retirar suas tropas do país. O presidente Joe Biden manteve sua decisão e disse que as avaliações da inteligência americana não previam um avanço tão rápido do Taleban e o colapso dos militares afegãos em apenas 11 dias.

O primeiro-ministro de Cingapura enfatizou a importância do papel dos EUA como "fiador regional de segurança e apoio à prosperidade" nas últimas sete décadas na Ásia, apesar de "momentos difíceis" ao longo do caminho.

"Estamos assistindo ao que está acontecendo no Afeganistão nas telas de TV hoje, mas o que influenciará as percepções acerca da determinação e do compromisso dos EUA com a região será o que os EUA farão daqui para frente", disse Lee. "Como se reposiciona na região, como engaja sua ampla gama de amigos e parceiros e aliados na região e como continua a luta contra o terrorismo."

Em seu primeiro dia de trabalho completo em Cingapura, Harris e Lee anunciaram uma série de acordos entre as nações, incluindo um diálogo para impulsionar a cooperação na resiliência da cadeia de suprimentos. Embora ainda não esteja claro quais setores participarão do diálogo, Harris deve se encontrar com líderes do setor privado e do governo em Cingapura na terça-feira (24) para discutir o assunto.

Na tarde desta segunda, durante uma visita à Base Naval de Changi, Harris agradeceu às tropas americanas ainda destacadas para o Afeganistão, enquanto enfatizava que a região do Indo-Pacífico é chave para os interesses futuros dos EUA, uma mensagem que ela provavelmente expandirá em um discurso planejado para terça-feira.

"A razão de estarmos aqui é importante, o Indo-Pacífico é fundamental para a segurança e a prosperidade dos Estados Unidos", disse em comentários aos militares a bordo do USS Tulsa. "Acredito que grande parte da história do século 21 será escrita sobre esta região onde vocês agora atendem. E queremos ser aqueles que ajudam a moldar e ditar essa história. Vocês, com seu serviço, serão aqueles que ajudaram a moldar essa história."

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Kamala Harris deve partir de Cingapura para Hanói na tarde de terça-feira. Ela tentará deixar sua marca na região como a primeira vice-presidente a visitar o Vietnã, onde os EUA travaram uma de suas mais longas e sangrentas guerras, entre 1955 e 1975. (Com agências internacionais).

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