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Itamaraty fala em 500 brasileiros na Ucrânia e pede suspensão do ataque russo

Itamaraty fala em 500 brasileiros na Ucrânia e pede suspensão do ataque russo

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil emitiu, na manhã de hoje (24), uma nota à imprensa em que afirma que acompanha, "com grave preocupação", a deflagração de operações militares da Rússia contra alvos no território da Ucrânia.

Publicado em 24 de fevereiro de 2022 às 12:20

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Marieta Cazarré – Repórter da Agência Brasil

BRASÍLIA - O Itamaraty afirmou que há atualmente cerca de 500 cidadãos brasileiros na Ucrânia, país invadido pela Rússia, o maior conflito desde a Segunda Guerra Mundial. Em nota, a chancelaria brasileira disse ainda que a embaixada brasileira em Kiev vem renovando o cadastramento dos brasileiros no país e transmitido orientações pelos portais online.

O ministério das Relações Exteriores pediu ainda que os brasileiros na Ucrânia, em especial os que estão no leste do país, mantenham contato diário com a embaixada.

"Caso necessitem de auxílio para deixar a Ucrânia, devem seguir as orientações da embaixada e, no caso dos residentes no leste, deslocar-se para Kiev assim que as condições de segurança o permitam", diz o comunicado.

UKR - RÚSSIA/UCRÂNIA/ATAQUE - INTERNACIONAL - Engarrafamentos são vistos quando as   pessoas deixam a cidade de Kiev, na   Ucrânia, nesta quinta-feira, 24 de   fevereiro de 2022.
Engarrafamentos são vistos quando as pessoas deixam a cidade de Kiev, na Ucrânia. (EMILIO MORENATTI/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

As autoridades brasileiras disponibilizaram um número de plantão consular para casos de emergência de brasileiros na Ucrânia (+55 61 98260-0610).

O ministério emitiu, na manhã de hoje (24), uma nota à imprensa em que afirma que acompanha, "com grave preocupação", a deflagração de operações militares da Rússia contra alvos no território da Ucrânia.

"O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil", diz a nota.

Os Acordos de Minsk, assinados em 2014 por representantes da Ucrânia, da Rússia, da República Popular de Donetsk (DNR) e da República Popular de Luhansk (LNR), tem como objetivo pôr fim à guerra no Leste da Ucrânia.

Ainda de acordo com a nota, "como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil permanece engajado nas discussões multilaterais com vistas a uma solução pacífica, em linha com a tradição diplomática brasileira e na defesa de soluções orientadas pela Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional, sobretudo os princípios da não intervenção, da soberania e integridade territorial dos Estados e da solução pacífica das controvérsias".

O Exército russo confirmou, nas primeiras horas de hoje, o início dos bombardeios no território da Ucrânia, mas garantiu que os ataques têm apenas como alvo bases aéreas ucranianas e outras áreas militares, não zonas povoadas.

O presidente russo, Vladimir Putin, justificou a operação militar, afirmando que se destina a proteger civis de etnia russa em Donetsk e Luhansk, cuja independência ele reconheceu na segunda-feira.

REPERCUSSÃO

Líderes europeus condenaram a ação russa. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, defendeu uma reunião de emergência dos líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), "o mais breve possível", para discutir a invasão militar da Ucrânia pela Rússia.

Já a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, disse que Berlim e os aliados da Alemanha vão aplicar "sanções mais severas" contra a Rússia. Itália, Macedônia do Norte e República Tcheca condenaram também a operação militar contra a Ucrânia.

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