O feed do Instagram vai passar por novas transformações a partir desta quarta-feira (23) em todo o mundo. Haverá três tipos de feeds:
A "Página Inicial" será a visualização padrão, portanto, sempre que acessar o feed, ela é que será exibido primeira. As mudanças ocorrerão gradualmente a todos os usuários que, atualmente, são mais de 1 bilhão.
"Queremos que as pessoas tenham um controle significativo sobre sua experiência no Instagram. Cada um usa o Instagram de maneira diferente e esperamos que essas opções possam ajudar as pessoas a decidirem o que funciona melhor para elas. Além disso, realizamos pesquisas que apontaram que a nossa comunidade está mais satisfeita com um feed classificado por algoritmo, por isso não estamos padronizando a experiência de todos em um feed cronológico", afirmou a empresa, em nota.
Ainda segundo a rede, o feed por algoritmo alcança mais os amigos e tem mais engajamento do que um feed cronológico. No entanto, nos últimos anos, o Instagram tem adotado uma série de medidas para tentar tornar seu ecossistema mais saudável.
Em 2019, por exemplo, a rede anunciou o "fim dos likes", em que o número de curtidas de um post não era mais exibido, com a justificativa de "tornar o Instagram um lugar onde as pessoas sintam-se confortáveis para se expressar", além de "remover a pressão sobre o sucesso de cada post". Em maio de 2021, os likes voltaram, mas ainda há a opção para o usuário que não deseja vê-los.
Em março de 2022, o Instagram lançou, nos Estados Unidos, a "Central da Família", uma área em que pais e responsáveis podem ter acesso a ferramentas de supervisão de uso como tempo gasto, controle de seguidores e acesso a denúncias.
O anúncio vem na esteira de uma das maiores crises de seus mais de 11 anos de existência, quando houve o vazamento por uma ex-funcionária de documentos internos que diziam que a empresa sabia que o app é potencialmente danoso para a saúde mental de meninas adolescentes, de acordo com reportagem publicada pelo Wall Street Journal.
A gigante de tecnologia Meta, dona do Facebook, do Instagram e do WhatsApp, está sob escrutínio público desde que a ex-funcionária Frances Haugen entregou documentos internos da empresa para a imprensa, que ficaram conhecidos como Facebook Papers.
De acordo com uma das reportagens com base nesses documentos, a rede social teria sido informada de que o Instagram piorava as questões de imagem de uma em cada três meninas. As adolescentes também culpavam o Instagram por problemas de ansiedade e depressão.
Questionada, a Meta afirma que "realiza esse tipo de pesquisa para fazer perguntas difíceis" e descobrir como "melhorar a experiência das pessoas". "Assim, pesquisas como essa servem para informar, por exemplo, o trabalho que fazemos relacionado a questões como imagem corporal negativa."
Após essas críticas, o Instagram lançou, em fevereiro deste ano, uma ferramenta antivício que visa auxiliar os usuários que acreditam estar fazendo um uso abusivo da rede social: a "Faça uma Pausa" . O novo serviço está disponível na aba "Sua atividade", no menu lateral do aplicativo. O usuário pode programar lembretes para fazer pausas a cada 10, 20 ou 30 minutos.
O "Faça uma Pausa" teria sido desenvolvido como parte do compromisso com experiências "positivas e significativas" na rede social. "Seguimos explorando novas ideias, como a de encorajar as pessoas a olhar para outros tópicos se elas estiverem navegando pelo mesmo tema por um tempo", afirmou um porta-voz da Meta.
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