Publicado em 12 de novembro de 2019 às 16:17
O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, chegou ao México por volta das 11h na hora local (14h em Brasília), país que lhe concedeu asilo político. >
"O governo mexicano salvou minha vida", disse Evo, em um breve pronunciamento ao chegar na Cidade do México. Ele estava ao lado do ex-vice-presidente Álvaro García Linera, que também renunciou.>
Evo voltou a dizer que o erro é ser indígena e ter implementado programas para os mais pobres. "Só haverá paz quando houver justiça social", disse. >
Ele havia decolado às 5h (hora de Brasília) de Assunção, no Paraguai. A rota teve de desviar de países como o Peru e Equador, que não autorizaram a passagem da aeronave.>
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O jato que o buscou pertence à Força Aérea Mexicana. Segundo o chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, a tripulação trabalhou mais de 24 horas seguidas para resgatar Evo, que partiu da Bolívia na madrugada de terça-feira (12). >
O ex-presidente renunciou no domingo, após pressão das Forças Armadas e de protestos nas ruas, que o acusam de ter cometido fraude eleitoral.>
Evo disputou um quarto mandato nas eleições de 20 de outubro e foi apontado vencedor após uma apuração marcada por idas e vindas. Um relatório da OEA (Organização dos Estados Americanos), divulgado no domingo (10), apontou fraude na votação.>
Após a divulgação do relatório, Evo disse que convocaria novas eleições, mas mesmo assim não conseguiu obter o apoio dos militares, que sugeriram publicamente que ele renunciasse. Horas depois, Evo anunciou a renúncia e foi seguido por diversos outros líderes do pais, como os presidentes da Câmara e do Senado. Com isso, a Bolívia está oficialmente sem comando. >
Após a renúncia de Evo, houve protestos, confrontos e depredação em La Paz e em outras cidades. Casas do ex-presidente e de ministros foram atacadas por manifestantes. Durante a madrugada de segunda (11) para terça, moradores de La Paz fizeram barricadas nas ruas para se proteger de possíveis ataques.>
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