Publicado em 30 de agosto de 2021 às 09:36
Um drone das Forças Armadas dos Estados Unidos explodiu um carro-bomba operado pelo Estado Islâmico em Cabul, capital do Afeganistão, na manhã deste domingo (29), segundo o Comando Central dos Estados Unidos. >
De acordo com o órgão do Departamento de Defesa responsável por operações no Grande Oriente Médio e em parte da Ásia, o carro-bomba seria usado em um atentado na área do aeroporto de Cabul, que já foi atingido por explosões reivindicadas pelo grupo terrorista na quinta-feira (26). >
Urban disse que foi registrada uma explosão secundária após o ataque com o drone, o que indica a presença de "uma quantidade substancial de material explosivo" no interior do veículo. "Permanecemos atentos a possíveis ameaças futuras", declarou. >
O porta-voz afirmou ainda que as forças americanas estão verificando a possibilidade de vítimas civis, mas, segundo ele, "não há indicações neste momento" a esse respeito. >
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No entanto, algumas agências de notícias informam que ao menos seis pessoas morreram após as explosões, incluindo quatro crianças. A polícia afegã, até o momento, teria confirmado a morte de uma criança. >
Imagens registradas por redes de televisão e repórteres que fazem a cobertura da crise afegã mostram fumaça saindo de uma área residencial. Duas testemunhas disseram à agência de notícias Reuters que a explosão teria sido causada por um foguete que caiu no local. >
O aeroporto de Cabul tem sido utilizado pelos americanos e forças aliadas do Ocidente para a evacuação de pessoas que tentam fugir por temer a volta do Talibã ao poder. >
O ataque de hoje é o segundo dos EUA contra o EI-K desde que o grupo explodiu duas bombas próximas ao aeroporto de Cabul, na quinta-feira (26). >
Mais de cem pessoas morreram na ocasião, incluindo 13 militares americanos. Após o ocorrido, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu caçar os responsáveis. >
Na noite de sexta-feira (27), um drone americano atacou a província de Nangahar. Os alvos seriam combatentes do EI-K, que, segundo os Estados Unidos, foram mortos na operação. >
A ofensiva contra o EI-K foi autorizada por Biden, que mantém a meta de retirar todas as tropas americanas do Afeganistão até a próxima terça-feira (31), apesar das crescentes tensões no país. >
Na manhã de hoje, Biden e sua esposa Jill estavam na base militar de Dover, no leste de Washington, com as famílias dos militares mortos quando a notícia do último ataque aéreo foi divulgada. >
EUA emitiram alerta de 'ameaça específica e plausível' >
Na noite de ontem, os Estados Unidos emitiram um alerta para uma "ameaça específica e plausível" perto do aeroporto de Cabul e pediram para que seus cidadãos na capital afegã deixassem a área. >
"Devido a uma ameaça específica e plausível, todos os cidadãos americanos nos arredores do aeroporto de Cabul devem deixar a área do aeroporto imediatamente", informou em um alerta de segurança a embaixada americana em Cabul. >
No alerta, a embaixada destacou a ameaça ao "portão sul [do aeroporto], ao novo Ministério do Interior e ao portão perto do posto Panjshir Petrol, no setor noroeste do aeroporto". >
Também ontem, Biden já tinha alertado que seus comandantes militares acreditavam que um novo ataque poderia ocorrer "nas próximas 24 a 36 horas" e qualificou a situação como "extremamente perigosa".>
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