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Bolsas da Europa fecham em alta, com expectativas por eleição de Biden

Bolsas da Europa fecham em alta, com expectativas por eleição de Biden

A chegada do candidato Joe Biden ao poder é vista como um indicativo de que é possível a aprovação de um novo pacote fiscal no país

Publicado em 3 de novembro de 2020 às 15:37

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Mercado financeiro, bolsa de valores, ações, mercado de capitais, B3
Mercado financeiro, bolsa de valores, ações, mercado de capitais, B3. (Pixabay)

As bolsas da Europa fecharam com fortes altas nesta terça-feira (3), apoiadas por expectativas positivas quanto à vitória do candidato democrata, Joe Biden, nas eleições dos Estados Unidos. A chegada de Biden ao poder é vista como um indicativo de que é possível a aprovação de um novo pacote fiscal no país. O setor aéreo, frequentemente apontado como beneficiário de auxílios, teve importantes avanços. Por outro lado, a região observa os desdobramentos da covid-19.

O índice pan-europeu Stoxx 600 registrou alta de 2,34%, a 356,01 pontos.

"Os mercados parecem ter maior convicção agora de uma vitória de Biden e uma onda azul", aponta o BBH, sinalizando que a vitória do democrata dissolve uma incerteza que vem pairando sobre os mercados. A chamada "onda azul" democrata tem o potencial de levar o partido a uma maioria no Senado, para o qual também há eleição nsta terça, facilitando assim a aprovação de maiores estímulos fiscais.

O BBH lembra que após a eleição, "fica incerto o impacto do número crescente de casos de vírus e o impacto na atividade econômica global". As principais medidas de restrição foram adotadas na Europa durante a última semana, em quase todos os casos visando ter um cenário positivo para o Natal, no entanto, líderes deixaram em aberto a possibilidade da renovação de restrições em caso de contínuo aumento de casos.

Outra ameaça, o terrorismo, ganhou atenção após os ataques de na segunda-feira em Viena. O Reino Unido elevou seu estado de alerta para "severo". A Itália propôs um Patriot Act, inspirado no modelo americano, para a União Europeia, visando lidar com as ameaças, as maiores ao continente em meses.

O setor aéreo, que nos EUA já chegou a ser mencionado como potencial receptor de auxílios mesmo na ausência de um novo pacote fiscal, foi responsável por algumas das principais altas na Europa. Lufthansa (+5,49%), IAG (+3,57%), que controla Iberia e British Airways, Easyjet (+3,79%), AirFrance-KLM (+6,44%) impulsionaram as bolsas em Frankfurt, Londres e Paris.

Outro setor com alta em virtude do otimismo com a economia global foi o de petróleo, com a commodity avançando perto dos 3% em Londres e Nova York. As ações de petrolíferas no continente seguiram a tendência, e BP (2,31%), Royal Dutch Shell (1,24%) em Londres, Total (2,42%), em Paris, Repsol (2,64%), em Madri, Eni (2,39%), em Milão, tiveram altas relevantes.

Lisboa teve o avanço mais contido dentre as principais bolsas europeias, com alta de 0,76% do PSI 20, a 4.049,65 pontos. Dentre as quedas, destaque para a varejista Jerônimo Martins, com baixa de 1,01%, em meio a notícias sobre o pagamento, ou não, de dividendos pela companhia.

Entre os balanços, nesta terça a Ferrari divulgou seus resultados, e fechou o dia com alta de 7,06%. O avanço ajudou a impulsionar o FTSE MIB em Milão, que subiu 3,19%, a 18.986,24 pontos.

Em Frankfurt, a Bayer apresentou resultados, e suas ações fecharam em baixa de 0,81%. Na bolsa local, o DAX teve alta de 2,55%, a 12.088,98 pontos, terminando na máxima do dia.

Na Espanha, onde há intenso debate sobre novas medidas de restrição, o IBEX 35 em Madri fechou em alta de 2,52%, a 6 751,60 pontos. Em Paris, o CAC 40 teve alta de 2,44%, a 4.805,61 pontos.

Em Londres, a forte valorização da libra, que torna os produtos britânicos mais caros para potenciais importadores, limitou os ganhos do FTSE, que teve alta de 2,33%, a 5.786,77 pontos.

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