Publicado em 22 de julho de 2020 às 10:05
O presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Yoshiro Mori, afirmou nesta quarta-feira que o desenvolvimento de um tratamento para o novo coronavírus será um elemento fundamental para permitir a realização da Olimpíada, que começaria nesta sexta-feira (24), mas que foi adiada em março passado para 2021 por conta da pandemia da Covid-19. >
"O primeiro ponto será o desenvolvimento de uma vacina ou de um medicamento", disse Mori, em entrevista à TV japonesa NHK. A nova data para a cerimônia de abertura dos Jogos é 23 de julho de 2021. "Se a situação continuar como está, não podemos (organizar os Jogos)", acrescentou o dirigente, se recusando, no entanto, a pensar nessa hipótese. "Não posso imaginar que tudo se mantenha como está no próximo ano".>
Estudos recentes demonstraram uma queda do interesse da população japonesa na organização da Olimpíada, em simultâneo com o ressurgimento da doença provocada pelo novo coronavírus no Japão. Segundo uma pesquisa publicada na semana passada, apenas um em cada quatro japoneses apoia a realização dos Jogos em 2021, enquanto que a maioria defendia o adiamento ou o cancelamento.>
Nesta quarta-feira (22), Mori recusou considerar a realização do evento às portas fechadas ou com um número reduzido de espectadores. "Se essa for a única alternativa, teremos de refletir (sobre a manutenção dos Jogos)", afirmou o presidente do Comitê Organizador, acrescentando que "se isso ocorrer, poderá ser considerado o cancelamento".>
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"Não devemos fazer com que os espectadores passem por tempos difíceis. Eventos esportivos são empolgantes em todo o país", declarou Mori.>
O Japão foi um dos países menos afetados pelo novo coronavírus, graças a uma política de isolamento rigorosa, contabilizando menos de 1.000 mortes devido à Covid-19 e cerca de 27 mil infectados.>
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