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Capitã da seleção brasileira de rúgbi, capixaba quer esporte mais valorizado

Capitã da seleção brasileira de rúgbi, capixaba quer esporte mais valorizado

A pouco menos de um ano da Copa do Mundo, Karina Araújo busca recursos para custear os gastos com a competição

Publicado em 20 de dezembro de 2020 às 06:03

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Karina Araújo
Karina Araújo é capitã da seleção brasileira de Rugby League - variação do Rugby Union (mais tradicional no Brasil). (Acervo Pessoal)

A rotina de Karina Araújo é intensa. No horário comercial, a capixaba formada em Engenharia trabalha em uma fábrica de cimentos. Mas, quando o expediente termina, ela deixa de lado os cálculos e corre para o treino. Karina é a capitã da seleção brasileira de Rugby League - variação do Rugby Union (mais tradicional no Brasil) - e está se preparando para a Copa do Mundo, que ocorrerá em novembro de 2021, na Inglaterra.

O Brasil conquistou a vaga para o torneio, pela primeira vez, após ser campeão do Sul-Americano em 2018, também de forma inédita. Na época, o Espírito Santo era representado apenas por Karina. Agora, as capixabas Cintia Menegardo, Lorena Damasceno, Ana Paula Lascosqui, Marcela Delboni, Ariane Hehr e Mariana Eiras também têm chances de serem convocadas para o mundial.

Tirando Mariana, que atualmente reside em outro estado, todas as atletas integram o elenco do Vitória Rhinos. O time, recém-criado, disputará o próximo Campeonato Brasileiro de Rugby League, conhecido como “Premiership”. Além das capixabas, o Vitória conta com atletas de outros estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

Já no velho continente, outro Rhinos faz sucesso. É o Leeds Rhinos, time com maior títulos de Rugby League da Europa. O clube joga no Estádio Headingley, local onde a seleção brasileira fará a sua estreia na Copa do Mundo. O jogo será justamente contra a anfitriã Inglaterra, na abertura do torneio. A expectativa é de uma grande festa, com o público lotando o Headingley. 

No entanto, a realidade das duas equipes é bem diferente. Enquanto as inglesas são profissionalizadas, as brasileiras ainda têm como grande obstáculo a falta de apoio ao esporte. “As pessoas precisam abrri um pouco a mente para o esporte no geral, principalmente o feminino”, afirmou Karina, que lamenta a falta de incentivo da modalidade.  "O esporte tem muitos talentos e às vezes nós não somos valorizadas”.

Karina Araújo
Karina Araújo vai disputar a Copa do Mundo, que ocorrerá em novembro de 2021, na Inglaterra. (Acervo Pessoal )

Acostumada a driblar adversárias e levar trombadas de todos os lados dentro de campo, a capitã busca recursos para custear os gastos com o esporte. Ela possui apoio de nutricionista, fisioterapeuta e uma academia. Porém, ainda sobram as despesas com viagens para treinamento, suplementos para manter a alimentação de uma atleta e materiais de treino: tudo para chegar na melhor forma possível na Copa do Mundo.

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Na competição, o Brasil também enfrentará as seleções do Canadá e Papua Nova Guiné. No outro grupo estão os times da Nova Zelândia, Austrália, França e Ilhas Cook. Nas cinco edições anteriores do torneio, a Nova Zelândia levou três vezes o troféu para casa. Já a Austrália conquistou o caneco duas vezes. O torneio é disputado desde 2000.

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