Publicado em 29 de dezembro de 2025 às 14:50
Todo ano, o mundo do design volta os olhos para o anúncio da cor do ano da Pantone, referência global em tendências cromáticas. Entretanto, para 2026, a escolha dividiu opiniões: o Cloud Dancer, tonalidade escolhida, é um branco suave que, de acordo com a marca, chega para “inspirar leveza, silêncio visual e imaginação”. >
A escolha, segundo a vice-presidente do Pantone Color Institute, Laurie Pressman, também levou em consideração que, dentro da arquitetura e decoração, o tom simboliza pausa, respiro e minimalismo, sendo uma resposta direta ao excesso de estímulos no cotidiano atual. >
“O tom abre espaço para a criatividade, deixando a imaginação solta e fluida para acessar ideias ousadas e insights que podem surgir e tomar forma”, afirma.>
Para o arquiteto Raphael Wittmann, do escritório Rawi Arquitetura + Design, a cor do ano 2026 remete à poesia e avalia que o fato da Pantone eleger um tom de branco diz muito sobre o momento que vivemos. “Depois de uma sequência de tons conectados à natureza como verdes, terracota, marrons e beges, chegamos a um branco-nuvem que também traduz essa busca por ligação com o natural”, sintetiza. >
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Para a arquiteta Cristiane Schiavoni, que também defende a escolha da cor, a motivação de dançar nas nuvens, como sugere a Pantone, é um convite à sutileza e um estímulo para incluirmos a leveza dentro de nós. “Saem de cena as cores pulsantes para investimos em uma paleta que, sem dúvidas, é atemporal”, analisa.>
Enquanto a Pantone mergulha na leveza do branco, a Suvinil escolhe para 2026 duas tonalidades com energia e profundidade: Tempestade, um rosa acinzentado, e Cipó da Amazônia, um verde – ambas da paleta Brincar, que explora contrates e dinamismo. Inclusive, a Suvinil destaca que as cores, por estarem em lados opostos no círculo cromático, podem ser exploradas em diversos espaços. >
Sobre elas, a arquiteta capixaba Fernanda Calazans explica que as duas cores podem ser aplicadas em qualquer ambiente, mas seu impacto depende das composições. “As cores Tempestade e Cipó da Amazônia funcionam bem em qualquer ambiente. O que vai determinar se o espaço ficará mais dinâmico e vivo serão as outras cores da composição, texturas e iluminação”, conta.>
Para quem busca mais intensidade, a arquiteta sugere combinar as cores com tons vibrantes lançados junto à paleta Brincar. Já em propostas mais clássicas, é possível usar Tempestade e Cipó da Amazônia em marcenarias e paredes, criando unidades visuais. “Podemos optar pelas cores mais fechadas usando em marcenaria e paredes, mimetizando elas. Elas complementam os desenhos da marcenaria, que normalmente tem detalhes de molduras e puxadores”, explica.
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Em projetos modernos, ela destaca os blocos de cor como uma boa opção já que, em mobiliários de linhas retas ou orgânicas, "as duas cores se complementam e refletem bem como é a vida: momentos mais intensos e momentos mais calmos. Trazem sensação de mudança e equilíbrio".>
Usar o Cloud Dancer da Pantone dentro de casa é escolher trabalhar uma estética que privilegia leveza e também o silêncio visual e amplitude já que, por ser um branco, ele funciona como uma base luminosa para aplicação de diferentes cores e texturas, valorizando elementos como pedra, madeira ou fibras. >
Em cozinhas e salas, o tom realça o desenho dos móveis e permite que outros elementos, seja um revestimento especial, seja uma obra de arte, ganhem protagonismo sem pesar na composição. É uma cor ideal para quem procura ambientes mais fluidos, minimalistas e com a sensação de que a luz circula mais livremente, ampliando áreas menores e trazendo frescor ao dia a dia.>
Já as cores Tempestade e Cipó da Amazônia, escolhidas pela Suvinil, oferecem um caminho quase oposto, mas igualmente rico: o da intensidade equilibrada. Os tons, mais densos, funcionam bem quando usados em blocos de cor, especialmente em marcenarias, portas, painéis ou detalhes arquitetônicos. >
Em ambientes mais modernos, ajudam a criar profundidade e um visual contemporâneo, principalmente quando combinados com mobiliário de linhas retas ou orgânicas. Em propostas clássicas, podem mimetizar paredes e móveis, dando unidade ao espaço e valorizando desenhos e molduras da marcenaria. >
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