Publicado em 10 de novembro de 2025 às 11:52
Neymar foi alvo de uma defesa pública de jogadores, comissão técnica e diretoria do Santos, mesmo com a reação de insatisfação com a substituição contra o Flamengo. O atacante deixou o banco de reservas e nem estava no gramado quando o time reagiu, fazendo dois gols nos minutos finais da derrota por 3 a 2. >
A linha para amenizar o jeito que Neymar agiu foi mencionar a tristeza pelo resultado ruim fora de casa, complicando mais a briga do time contra o rebaixamento no Brasileiro.>
"O Neymar está mais do que comprometido. Estava no vestiário agora muito chateado. Você vê que ele está dando a vida, assim como todos. O jogador pode estar bem, pode estar mal, pode estar num momento bom, num momento ok, mas todos estão tentando dar a vida, assim como eu, assim como o presidente, como todos que estão lá no clube. A reação dele? Normal, estava no vestiário chateado, como todo mundo, não só o Neymar. É que nós perdemos o jogo e ficou uma sensação no primeiro tempo que o resultado estava injusto", disse o diretor de futebol do Santos, Alexandre Mattos.>
Entre os jogadores, o porta-voz foi o atacante Guilherme, que também foi substituído no segundo tempo. Ele estava no banco quando o time deu sinal de vida, diminuiu a diferença, mas não escapou da derrota.>
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"E a questão da saída do Ney, ele tá chateado. Então a gente tenta também. E quanto menos polêmica a gente fizer, a gente não tá no tempo de ficar... Pelo contrário, a gente só precisa se unir e o Ney só está pra ajudar, assim como todos. Todos querem fazer o seu melhor. Repito, não aconteceu nesta segunda-feira (10), né? Novamente. Eu quero ressaltar também a postura do time no final. Ele também foi aguerrido. Quem estava em campo também lutou, conseguiu fazer dois gols. Então é isso. É a união nesse momento. Só assim a gente vai sair dessa situação", afirmou Guilherme.>
Ao ser substituído, Neymar chegou a indagar: "Vai me tirar, pô?". Ele saiu tão rápido do Maracanã que antecedeu os jogadores do Santos, não foi com o ônibus da delegação e deixou o estádio em uma van. Na coletiva, o técnico Vojvoda apontou que o capitão do time "não faltou com respeito".>
"É lógico que se chateou, como se chateia outro jogador, mas eu decido quem tem que sair. Considero totalmente normal se ele estava chateado. E, mais: tem que ser assim, muitas vezes, sempre com respeito", disse o argentino.>
EFEITO NO TIME>
Além de comportamental, a discussão sobre Neymar no Santos é física e tática.>
Contra o Flamengo, foi o primeiro jogo dele como titular desde que se recuperou da lesão mais recente antes, tinha entrado no segundo tempo contra o Fortaleza. Alexandre Mattos contou que o camisa 10 fez um sacrifício para voltar logo. E, assim, a ausência diante do Palmeiras não teve a ver com o gramado sintético.>
"O Neymar está no Santos porque quer estar no Santos. O jogo com Fortaleza foi dito na minha frente pelo staff dele e pela comissão de saúde do Santos que ele não poderia jogar. Ele falou que ele queria jogar, ele disse que tinha que jogar e assim foi. Por isso ele não jogou quinta-feira (contra o Palmeiras). Aí, vêm as maldades, vêm as fake news. 'Pô, o Neymar não vai jogar por causa do campo'. Não, o Neymar não jogou porque não deveria ter jogado contra o Fortaleza, mas ele quis jogar contra o Fortaleza e ele precisava passar esse processo que era jogar, sim, contra o Flamengo como ele jogou nesta segunda-feira (10)", acrescentou.>
Na discussão da função em campo, ele era o jogador mais avançado do time, com pouca responsabilidade de pressionar os zagueiros adversários na marcação. E isso facilitou a vida do Flamengo. Com a bola, ele buscou jogo, encontrou passes importantes, mas reclamou que não recebeu bolas em condições de finalizar. Por outro lado, foi sem ele que o Santos deu um respiro final, encontrou dois gols e, de certa forma, juntou esperança para enfrentar o Palmeiras no sábado.>
"Ele consegue e vai nos ajudar, seja de falso nove, seja de meia também e de repente até pelos lados. Então, Neymar em campo, ele vai nos ajudar muito. A verdade é essa. Bom, nesta segunda-feira (10) tivemos algumas oportunidades ali de bola em profundidade, que é aquilo que a gente estava pensando. Mas é insistir. Eu não sei de que forma nós iremos enfrentar o Palmeiras no próximo jogo, mas a gente precisa insistir juntos, porque eu tenho certeza que, unidos, a gente vai conseguir sair dessa", finalizou Guilherme.>
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