Publicado em 17 de janeiro de 2020 às 12:51
O vídeo publicado pelo secretário da Cultura, do Ministério da Cidadania, Roberto Alvim, em que cita trechos do discurso do ideólogo nazista Joseph Goebbels, tem repercutido mal nas redes sociais e entre políticos capixabas. Parlamentares da bancada do Espírito Santo no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa do Estado criticaram, nesta sexta-feira (17), a postura de Alvim e engrossaram o coro pela exoneração do secretário. >
O senador capixaba Fabiano Contarato (Rede) disse que vai acionar o Ministério Público Federal (MPF) para analisar a conduta do secretário. O redista também estuda fazer uma representação à Comissão de Ética da Presidência da República e diz que vai propor voto de censura ao discurso de Alvim no Senado. >
Ele passou de todos os limites, plagiando o ministro de Adolf Hitler da Propaganda da Alemanha Nazista, Joseph Goebbels. Além do texto, a estética do vídeo é nazista. Remonta capítulo abominável da história da humanidade. O que ele fez é crime e ofende toda a nação brasileira e, especialmente, todos os judeus que vivem em nosso país. Não há outro caminho! Tem de mandar embora! Exoneração, já!, publicou Contarato, nas redes sociais. >
Outro que também se manifestou foi o deputado federal Helder Salomão (PT), afirmando que a postura do secretário nacional é "inaceitável". >
>
O deputado estadual Sergio Majeski (PSB) também se manifestou sobre o assunto nesta sexta. O parlamentar disse que o discurso de Alvim causa "indignação e repulsa". >
Logo depois da demissão do secretário, anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro no Twitter, o governador Renato Casagrande (PSB) usou as redes sociais para se manifestar. Ele chamou o discurso de Alvim de absurdo e disse que qualquer ameaça à democracia deve ser repudiada com veemência.>
Outro que comentou o caso depois da demissão do secretário foi o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso.>
O deputado federal Felipe Rigoni (PSB) afirma que a exoneração não resolve o problema e pediu empenho para que ideias nazistas não sejam reproduzidas.>
A deputada federal Lauriete (PL) saiu em defesa do presidente e elogiou a exoneração do secretário. Na Alemanha, com certeza, Roberto Alvim seria preso e condenado por apologia ao nazismo. Concordo com o presidente Jair Bolsonaro, apoiar uma filosofia genocida é crueldade ou ignorância. Exoneração foi uma resposta ao povo judeu, cristão e quem luta contra as maldades de uma triste história. É bom lembrar sempre que no Brasil temos ideologias diferentes, mas que devemos respeitar todos como irmãos. No caso especifico, Roberto Alvim era secretário de Cultura e buscou fundamento em filosofia de guerra. Pura incitação. Minha reação é de indignidade e repúdio, escreveu, em mensagem disparada em listas de transmissão no Whatsapp.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta