Publicado em 7 de abril de 2022 às 13:18
O filho "04" do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, deve prestar depoimento na sede da Polícia Federal (PF) do Distrito Federal na tarde desta quinta-feira, 7, no âmbito de inquérito sobre possíveis crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro. >
A apuração foi aberta pela PF em março de 2021, na esteira de um procedimento preliminar do Ministério Público Federal sobre o envolvimento de Jair Renan com um grupo empresarial do setor de mineração.>
A Polícia Federal investiga suposta atuação do filho do presidente Jair Bolsonaro no agendamento de reunião com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, da qual Jair Renan também teria participado.>
À época em que a investigação Jair Renan foi aberta, o advogado Frederick Wassef, que representa o filho "04" do presidente negou as suspeitas. Wassef deve acompanhar Jair Renan no depoimento à PF na tarde desta quinta-feira, 7.>
>
A intimação tem relação com inquérito que apura o pagamento de suposta propina por empresários, entre eles do grupo capixaba Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, em troca de aproximação com o governo federal. >
Jair Renan é investigado por possível tráfico de influência. Segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) em março deste ano, o filho do presidente estaria atuando "para abrir as portas do governo federal" para empresários. >
A investigação tramita na Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal. O inquérito aponta que houve associação de Jair Renan com outras pessoas "no recebimento de vantagens de empresários com interesses, vínculos e contratos com a Administração Pública Federal e Distrital sem aparente contraprestação justificável dos atos de graciosidade".>
As suspeitas sobre o filho 04 do presidente envolvem a utilização da empresa de eventos dele, a Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, para promover articulações entre a Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.>
O grupo empresarial atua nos setores de mineração e construção e presentou Jair Renan e o empresário Allan Lucena, um dos parceiros comerciais do filho do presidente, com um carro elétrico avaliado em R$ 90 mil. Um mês após a doação, em outubro do ano passado, representantes da Gramazini Granitos e Mármores Thomazini se reuniram com Marinho. >
Segundo o ministério, o encontro, que também teve a participação de Jair Renan, foi marcado a pedido de um assessor especial da Presidência.>
Segundo informações divulgadas pela revista Veja, as duas empresas apresentaram um protótipo de construção de casas populares de pedra ao filho do presidente. >
As duas empresas capixabas são suspeitas de doar um carro elétrico, no valor de R$ 90 mil, para o projeto MOB, do sócio de Renan, Allan Lucena. >
Em novembro, um representante da Gramazini conseguiu um espaço na agenda do ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, para falar sobre um projeto de construção de casas populares. Marinho é responsável pelo programa Minha Casa Minha Vida. O encontro aconteceu no Palácio do Planalto e teria sido intermediado por Renan Bolsonaro.>
Após o episódio, a Polícia Federal decidiu abrir um inquérito para investigar se Renan teria atuado para facilitar o acesso de empresários do grupo ao governo federal. >
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta