> >
Após atos antidemocráticos, MPES cria gabinete permanente de crise

Após atos antidemocráticos, MPES cria gabinete permanente de crise

Grupo irá atuar em situações que vão desde manifestações mais violentas, como os atos antidemocráticos, a pandemias, greves e até desastres, como os ambientais e causados por chuvas

Publicado em 12 de janeiro de 2023 às 11:52

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura

Após a realização dos atos antidemocráticos realizados no último domingo (8), que resultaram da depredação de prédios públicos na praça dos Três Poderes, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) decidiu instaurar, nesta quarta-feira (11), o Gabinete Permanente de Crise (GPC). Ele atuará em eventos variados, desde manifestações mais violentas a pandemias, greves e até desastres, como os ambientais e causados por chuvas mais expressivas.

“O que pretendemos com o gabinete é ampliar o escopo de investigações de atos criminosos, como os ocorridos durante as manifestações antidemocráticas verificadas em Brasília e aqui no Estado. Queremos dar uma abrangência maior, para obtenção de provas robustas, com ações integradas com os órgãos de execução naturais, potencializando a atuação estratégica institucional em momentos de crise e situações emergenciais, para dar uma resposta eficaz e eficiente para a sociedade”, destacou a procuradora-geral de Justiça do MPES, Luciana Andrade.

Acampamento bolsonarista em praça de Brasília (DF)
Acampamento bolsonarista em praça de Brasília (DF). (Twitter/Reprodução)

O GPC, explicou a procuradora-chefe, atuará em eventos de crise, como movimentos de ruptura institucional; greves, como a dos policiais militares em 2017; pandemias, como a de Covid; desastres, como os causados pelas fortes chuvas ou o rompimento de barragem de rejeitos de minério, que causou danos ao Rio Doce e diversos municípios capixabas. “São situações de grande impacto na esfera nacional, estadual e municipal e que exigem uma resposta especial dos órgãos públicos competentes, em especial do Ministério Público capixaba”, informou o MPES.

Um dos exemplos que envolvem ações institucionais foram os atos antidemocráticos contra as sedes dos Três Poderes da capital federal, que culminaram na invasão e na depredação do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto.

“O objetivo é gerenciar as consequências de situações emergenciais e críticas de grande impacto nacional, estadual ou municipal, que exijam ações integradas e uniformes entre as Promotorias de Justiça com atribuição relacionada à crise instalada, para manter a unidade ministerial e potencializar a atuação estratégica da instituição em defesa da sociedade”, informou a procuradora-chefe, a quem o GPC ficará vinculado, diretamente.

Governo do ES também cria iniciativa

Na tarde desta quinta-feira (11), o governador Renato Casagrande (PSB) também vai criar um Gabinete de Gestão de Crise no Espírito Santo. O decreto será assinado no Palácio Anchieta.

O Gabinete de Gestão de Crise vai atuar na coordenação das ações de prevenção, monitoramento e resposta às atividades que atentem contra o Estado Democrático de Direito.

A iniciativa foi adotada após os atos golpistas e diante da possibilidade de serem organizadas novas manifestações de bolsonaristas radicais, inclusive nos Estados.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais