Publicado em 20 de março de 2020 às 18:03
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) realizou nesta sexta-feira (20) a eleição para a formação da lista tríplice para a escolha do novo procurador ou procuradora-geral de Justiça, que atuará no biênio 2020/2022. >
A promotora Luciana Gomes Ferreira de Andrade foi a mais votada, com 168 votos. Em seguida, está o promotor Marcello Souza Queiroz, com 146. Em terceiro, o também promotor Adélcion Caliman, com 110. >
Luciana Andrade é aliada do atual procurador-geral, Eder Pontes, que chegou a se inscrever, mas desistiu da disputa.>
Também disputou a eleição para a formação da lista tríplice o promotor de Justiça Luciano da Costa Barreto, com 107 votos. >
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Caberá ao governador Renato Casagrande (PSB) a escolha de um dos três nomes para comandar o MPES. Ele não é obrigado a escolher a mais votada, mas esta é a orientação da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público. >
A lista foi entregue na noite desta sexta-feira ao socialista. Ele terá 15 dias para se decidir. A posse do novo procurador-geral, ou procuradora-geral, será no dia 4 de maio.>
O pleito foi realizado por meio do sistema informatizado de voto a distância, como já ocorreu em anos anteriores. Todos os 286 membros do MPES habilitados a votar participaram. Na eleição votaram promotores e procuradores de Justiça. >
O atendimento presencial no MPES foi suspenso devido ao novo coronavírus.>
À reportagem de A Gazeta, o promotor Adélcion Caliman afirmou, nesta sexta, que, se escolhido pelo governador, pretende implementar medidas para dar melhores condições de trabalho aos membros do MPES.>
"Dar melhores condições para que cada membro do Ministério Público possa desempenhar sua atividade finalística dando resposta à sociedade. Esse é o nosso foco", afirmou.>
Ele destacou ter experiência e lembrou que o governador pode escolher "do primeiro ao terceiro", mas não teve contato com Casagrande para tratar do assunto.>
A reportagem também procurou os promotores Luciana Andrade e Marcello Queiroz, mas ainda não obteve retorno.>
Promotora de Justiça, ingressou no MPES em 2003. Foi nomeada secretária-geral do gabinete do procurador-geral de Justiça, Eder Pontes, e coordenadora da Assessoria de Gestão Estratégica (AGE). >
Luciana Andrade ocupou a mesma função, de secretária-geral, na administração de Elda Spedo, outra aliada de Eder Pontes. >
Promotor de Justiça, ingressou no MPES em 1991. Presidiu a Associação Espírito-Santense do Ministério Público do Espírito Santo por dois mandatos, de 2011 a 2015. >
É a terceira vez que ele se inscreve para disputar um lugar na lista tríplice, tendo ficado em segundo lugar em 2016 e 2018. >
No último pleito, em 2018, Queiroz alcançou 166 votos, contra 167 de Eder. Na ocasião, a promotora Nicia Sampaio ficou com 104. Desta vez, ela não se inscreveu. >
Marcello Queiroz e Eder Pontes, já foram aliados, mas romperam a ligação e se distanciaram, sobretudo a partir de 2016. Marcello Queiroz atua na 13ª Promotoria Criminal de Vila Velha. >
Promotor de Justiça, ingressou no Ministério Público do Espírito Santo (MPES) em 1992. Presidiu a Associação Espírito-Santense do Ministério Público do Espírito Santo (que representa os promotores e procuradores) por dois mandatos, deixou o cargo em abril de 2019, quando foi sucedido pelo promotor Pedro Ivo de Sousa. >
Nunca ocupou cargos na administração superior do MPES e atua na 8ª Promotoria Criminal de Vitória. É a primeira vez que ele disputa um lugar na lista tríplice para procurador-geral de Justiça. >
O processo é definido pela Constituição. Os membros do MPES (promotores e procuradores) votam nos inscritos. Os três mais votados integram a chamada lista tríplice. As inscrições começaram no último dia 20 e terminaram no dia 27. Cinco membros se inscreveram, originalmente: o procurador-geral Eder Pontes e os promotores Marcello Queiroz, Adélcion Caliman, Luciano Barreto e Luciana Andrade). >
Em até 72 horas após a eleição, a lista é encaminhada ao governador do Estado e ele escolhe um dos três para ser o chefe do MPES, não necessariamente o mais votado. Mas a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público recomenda que o mais votado seja o apontado. Casagrande recebeu a lista pouco depois do resultado da eleição. >
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