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Além de prefeito no ES, outros oito já morreram de Covid-19 no Brasil

Além de prefeito no ES, outros oito já morreram de Covid-19 no Brasil

Em Água Doce do Norte, vice que morava nos EUA assumiu o comando da cidade após a morte de Paulo Márcio Leite Ribeiro. Em cidade do Tocantins, vereadora de 1º mandato tomou posse na prefeitura

Publicado em 27 de julho de 2020 às 19:15

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Hernandes da Areia (DEM), 54, vice que assumiu a prefeitura de Araguanã (TO) após a renúncia do titular em 2017, morreu vítima da Covid-19 após 30 dias de internação. O presidente da Câmara, que tinha assumido interinamente, morreu enquanto Hernandes estava internado. Coube à vice do Legislativo ficar no cargo, efetivada no último dia 11, com a morte do governante.

Prefeito de Água Doce do Norte, Paulo Márcio Leite, está internado na UTI
Então prefeito de Água Doce do Norte, Paulo Márcio Leite morreu de Covid-19 no dia 22 de julho. (Reprodução/Facebook)

A pandemia do novo coronavírus mudou a rotina de todas as cidades do país nos últimos quatro meses, mas em Araguanã, distante 458 km de Palmas, gerou um efeito cascata que colocou a vereadora Irene Duarte (PSD), em seu primeiro mandato, no cargo de prefeita.

A cidade é uma das que perderam seus prefeitos mortos vítimas da Covid-19. São ao menos 9 municípios brasileiros nessa situação, espalhados em 8 estados.

No Espírito Santo, o prefeito Paulo Márcio Leite Ribeiro (PSB), de Água Doce do Norte, morreu no dia 22 de julho. O então vice-prefeito, Jacy Donato (PV), admitiu que estava havia cerca de um ano e meio nos Estados Unidos. Voltou ao Brasil somente após sua ausência ganhar repercussão, com a internação de Paulinho, como o prefeito era conhecido. Agora, Jacy é o prefeito de uma cidade da qual ficou alheio por um tempo considerável.

Já o imbróglio em Araguanã (TO) começou em 10 de junho, quando o prefeito passou mal e foi internado em Araguaína. Então presidente da Câmara, Cícero Araújo (PDT), assumiu o cargo interinamente, até passar mal e morrer de infarto no dia 26 num restaurante em Araguaína.

Com Hernandes da Areia ainda internado, a vice-presidente da Câmara, Irene Duarte, assumiu no dia 29 a prefeitura, e, de forma definitiva, a partir do dia 11.

O mais recente óbito de um prefeito ocorreu neste domingo (26), em Alta Taquari (MT), distante 509 quilômetros da capital, Cuiabá. Fabio Mauri Garbugio (PDT), estava internado num hospital de Goiânia e tinha sido diagnosticado com a Covid-19 na última quinta-feira (23), segundo o governo do estado.

"Eu e minha esposa Virginia lamentamos muito o falecimento do prefeito de Alto Taquari e prestamos nossas condolências à família, rezando para que Deus dê forças aos amigos e familiares neste momento difícil", disse o governador Mauro Mendes (DEM).

Além desses óbitos, outros três prefeitos morreram vítimas da pandemia do novo coronavírus em julho, no Rio Grande do Sul, Alagoas e Paraíba.

Em Viamão (RS), Valdir Jorge Elias (MDB), o Russinho, 66, morreu quarta-feira (22), após sete dias internado no hospital da cidade para tratar complicações da Covid-19.

Ele, que era hipertenso e idoso, tinha sido internado com febre e problemas respiratórios e teve quadro estável nos primeiros dias, mas apresentou piora nas últimas 48 horas e morreu às 10h20 de quarta.

No dia 16, foi o então prefeito de Ingá (PB), Manoel Batista Chaves Filho (PSD), 64, que morreu depois de 11 dias internado em Campina Grande. Ele teve sintomas no dia 5 e, no mesmo dia, já foi colocado num leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

"É muito triste termos que nos despedir dessa forma tão brusca por conta desse inimigo invisível", afirmou por meio de nota o presidente da Famup (Federação das Associações de Municípios da Paraíba), George Coelho.

Em Santana do Ipanema (AL), a morte do prefeito Isnaldo Bulhões, 78, fez com que sua filha Christiane Bulhões, vice-prefeita, assumisse o cargo no último dia 8 e decretasse luto oficial de sete dias no município.

Ele estava internado desde 21 de maio no Hospital do Coração, em Maceió.

No interior de São Paulo, dois prefeitos morreram no intervalo de uma semana, em junho.

A primeira morte foi no dia 20, quando o então prefeito de Borebi, Antônio Carlos Vaca (PSDB), 73, morreu em Bauru, onde estava internado desde 24 de maio com grave quadro de insuficiência respiratória.

O vice-prefeito, Pedro Miguel de Araújo, já tinha assumido o cargo de forma interina durante a internação do titular, que estava em seu terceiro mandato.

Seis dias depois, foi a vez do prefeito de Santo Antônio do Aracanguá, Rodrigo Aparecido Santana Rodrigues (DEM), 35, morrer vítima do novo coronavírus, após 24 dias internado na UTI do Hospital da Unimed, em Araçatuba.

Os primeiros sintomas que teve foram dores no corpo, no fim de maio. Já no hospital, teve anemia, precisou de transfusão de sangue e, com a deterioração do quadro de saúde, teve de ser submetido a uma traqueostomia e a sessões de hemodiálise.

O primeiro óbito de prefeito ocorreu em 27 de março, em São José do Divino (PI). Antônio Nonato Lima Gomes, o Antônio Felicia (PT), 57, tinha histórico de diabetes e foi também a primeira morte confirmada por Covid-19 em seu estado.

INTERNAÇÃO

Além dos prefeitos mortos, há outros governantes de cidades brasileiras que se recuperaram ou estão com a doença atualmente, como Isael Domingues (PR), 53, de Pindamonhangaba, que na última sexta-feira (24) foi transferido para a UTI do InCor (Instituto do Coração), na capital.

Segundo o último boletim médico divulgado pela prefeitura, ele está sob tratamento intensivo à base de medicamentos, suporte respiratório com máscara de oxigenação e fisioterapia respiratória.

Já o prefeito de Canarana (MT), Fabio Faria, foi transferido para Goiânia no sábado (25). A primeira-dama, Carol Spricigo Faria, disse numa rede social que a transferência foi necessária devido à doença ter se manifestado de forma mais intensa.

"Já está hospitalizado e sendo assistidos pelos médico de lá. Peço que rezemos e oremos pela sua melhora", disse ela.

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