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Um ano após confusão na Reta da Penha, conduta de policiais segue em investigação

Um ano após confusão na Reta da Penha, conduta de policiais segue em investigação

A PC informou que um inquérito segue em investigação na Corregedoria e que um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) está em curso. Os servidores permanecem desempenhando suas atividades

Publicado em 2 de dezembro de 2020 às 10:35

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Confusão entre policiais e entregador dos Correios ocorreu em novembro de 2019 na Reta da Penha
Confusão entre policiais e entregador dos Correios ocorreu em novembro de 2019 na Reta da Penha. (Reprodução)

Um ano depois de se envolverem em uma confusão com um funcionário dos Correios durante uma manifestação na Reta da Penha, em Vitória, dois policiais civis ainda estão em investigação interna pelo ocorrido, sem a definição de uma punição, ou não, para os agentes. A informação foi confirmada pela própria Polícia Civil.

A confusão aconteceu em meio a uma manifestação realizada pelos próprios policiais, na Avenida Nossa Senhora da Penha, em novembro de 2019. Em um vídeo, que viralizou nas redes sociais, os policiais (um homem e uma mulher) aparecem gritando com o funcionário dos Correios, que está em uma moto. Em um momento, a policial civil percebe que está sendo filmada e vai para cima de um motoboy que filma toda a situação.

Procurada pela reportagem, a Polícia Civil disse, em nota, que um inquérito foi instaurado e o caso segue sob investigação na Corregedoria. Além desse inquérito, a PC informou que um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) também está em andamento na segunda comissão, e que somente ao fim deste procedimento, será definido algum tipo de punição, ou não, aos policiais civis. Veja a nota na íntegra.

"A Polícia Civil informa que um inquérito foi instaurado e o caso segue sob investigação na Corregedoria. Um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) também está em andamento na segunda comissão. Somente ao final do PAD será definido algum tipo de punição, ou não, aos policiais civis".

Na ocasião, os dois policiais civis haviam sido afastados de suas funções, decisão essa anunciada pelo delegado-chefe da Polícia Civil, José Darcy Arruda. Questionada se os policiais continuam afastados ou retornaram para as suas funções, a Polícia Civil respondeu que "os servidores permanecem desempenhando suas atividades".

A CONFUSÃO

No início da gravação do vídeo que viralizou, uma policial grita para o funcionário dos Correios: "Você cala a sua boca e espera!". Em seguida, outro policial vai na direção dele, também ordenando que ele fique quieto, e começa a segurar o braço e o ombro do trabalhador.

Depois, a mulher percebe que está sendo filmada por outro motociclista, que está parado ao lado do funcionário dos Correios, e parte para cima dele, pedindo para que ele pare de gravar, enquanto tenta pegar o celular. Neste momento, o vídeo, com menos de 30 segundos de duração, é encerrado.

A VERSÃO DOS POLICIAIS ENVOLVIDOS

De acordo com nota divulgada na ocasião, entidades relacionadas à Polícia Civil alegaram que o funcionário dos Correios "quase veio a atropelar policiais que estavam em passeata" e que o vídeo "demonstra o desespero de agentes que, assustados, advertem o referido funcionário sobre sua conduta".

Por causa da "manobra que atentou contra a segurança dos policiais", providências foram requeridas aos Correios e à Delegacia de Delitos de Trânsito. O ofício é assinado pelo Sindicatos dos Delegados de Polícia (Sindipes), pela Associação dos Delegados de Polícia (Adepol), pela Associação dos Investigadores (Assinpol) e pelo Sindicato dos Investigadores (Sinpol) do Espírito Santo.

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Também à época, os Correios informaram apenas que estavam analisando o caso.

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