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Quem era homem morto em confronto com a PM na Serra

Quem era homem morto em confronto com a PM na Serra

Vinicius Bernardo de Souza, conhecido como "Espirro", foi baleado durante uma ação no bairro Planalto Serrano, no último sábado (26)

Publicado em 27 de abril de 2025 às 19:35

Vinicius Bernardo de Souza, conhecido como
Vinicius Bernardo de Souza, conhecido como "Espirro", morto pela PM na Serra Crédito: Divulgação | Polícia Militar

Vinicius Bernardo de Souza, conhecido como "Espirro", morreu após um confronto com a Polícia Militar em Planalto Serrano, na Serra, no último sábado (26). Segundo o coronel Douglas Caus, comandante-geral da corporação, o suspeito era um dos homens mais procurados da Serra e tinha ligação direta com a facção Comando Vermelho.

"Era gerente do tráfico da região, considerado uma liderança, e responsável não só pela parte de gestão de venda de droga, mas também recolhimento de dinheiro e pelo comando direto, representando o Comando Vermelho no local", ressaltou Caus, em entrevista à TV Gazeta.

Ainda de acordo com o coronel, Vinicius teria, em 2015, participado de uma troca de tiros com a PM, além de ser suspeito de um homicídio em 2019 e de ter passagens por tráfico de drogas e porte ilegal de armas.

O confronto

Espirro morreu após bandidos entrarem em confronto com a Polícia Militar, no bairro Planalto Serrano, na Serra, na noite do último sábado (26). As forças de segurança faziam uma operação no bloco C após informações de que havia pessoas armadas numa região de mata. Ao chegar ao bairro, os policiais foram recebidos a tiros por criminosos, segundo revela a corporação em boletim de ocorrência.

De acordo com a PM, viaturas também foram cercadas e alvo de objetos lançados por moradores. Para conter a ação de populares, os policiais lançaram mão de granadas não letais, tiros de borracha e spray de pimenta, conforme cita o documento de registro militar.

Espirro foi encontrado num matagal para onde teriam fugido os criminosos envolvidos no caso, de acordo com informações dos militares. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Serra Sede, mas a morte foi constatada no local.

“Perto do indivíduo que estava caído havia um rádio comunicador, uma pistola 9mm com cinco munições, um celular e um carregador com dez munições. Também foram encontrados três coldres, um segundo carregador com 13 munições, outro carregador com dez munições, nove buchas de maconha, uma pedra de crack e uma unidade de haxixe”, explicou a PM, em nota.

Moradores ouvidos pela reportagem da TV Gazeta deram outra versão para a história. Moradoras do mesmo bairro de Vinicius, que pediram para não serem identificadas, afirmam que ele estava em casa quando foi ferido no momento do confronto.

Um vídeo recebido pela reportagem mostra viaturas da PM próximas ao local onde vivem parentes do homem morto. Outras gravações mostram ainda uma jovem desesperada ao saber que Vinicius estava gravemente ferido.

Confusão na saída

Polícia apreendeu celular, balas, arma e radiocomunicador durante o caso em Planalto Serrano, no bloco C, na Serra.
Polícia apreendeu celular, balas, arma e radiocomunicador durante o caso em Planalto Serrano, no bloco C, na Serra. Crédito: Reprodução

O documento registrado pela PM relata ainda a dificuldade dos agentes na hora de saírem de Planalto Serrano. As pessoas que estavam na rua quiseram impedir a passagem das viaturas, jogando pedras contra os veículos.

Em tentativa de retirada, os agentes usaram granadas não letais, tiros com balas de borracha e spray de pimenta. O alvoroço, conforme os PMs informaram na documentação, aconteceu devido à importância de Vinicius para o tráfico. Segundo a polícia, ele atuava em Planalto Serrano e chefiava Jardim Bela Vista, no município serrano. Após a ocorrência, a PM recebeu denúncias de toque de recolher no bairro.

Contra ele, havia um mandado de prisão preventiva por homicídio. Em nota, a Polícia Civil informou que a ocorrência de morte por intervenção legal de agente do Estado foi entregue na Delegacia Regional de Serra.

"O caso seguirá sob investigação do Serviço de Investigações Especiais (SIE) do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP), responsável por apurar ocorrências de morte por intervenção legal de agente do Estado. A arma apreendida será encaminhada para o Departamento de Balística Forense, da Polícia Científica (PCIES) juntamente com as munições. As drogas apreendidas serão encaminhadas para o Laboratório de Química Forense, da Polícia Científica (PCIES), para serem analisadas e, posteriormente, incineradas", explicou a PC, por meio de nota.

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