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Presos mais três suspeitos de envolvimento em assassinato de vereador no ES

Presos mais três suspeitos de envolvimento em assassinato de vereador no ES

Suspeitos de 26, 28 e 38 anos, foram presos em Brejetuba, Governador Lindenberg e em Rio Claro (SP). Leomar Cazotti Mandato, de 43 anos, foi executado a tiros em agosto de 2024

Publicado em 16 de julho de 2025 às 21:01

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De um lado, a prisão de um suspeito nesta quarta (16), em Rio Claro (SP), e do outro o vereador assassinado Crédito: Polícia Civil de SP / Leitor / Montagem A Gazeta

Foram presos nesta quarta-feira (16) três suspeitos de envolvimento no assassinato do vereador e então candidato à reeleição Leomar Cazotti Mandato, de 43 anos, crime ocorrido em 30 de agosto de 2024. Os detidos, na segunda fase da Operação Lista Negra, têm 26, 28 e 38 anos, não tiveram os nomes divulgados e foram capturados nas cidades de Brejetuba e Governador Lindenberg, no Espírito Santo, e em Rio Claro, no interior de São Paulo.

As prisões são temporárias, e também houve ordens de buscas e apreensão expedidas pela Justiça e cumpridas pela polícia. O processo corre em sigilo.

Caso Leomar
Imagens da operação que prendeu um dos suspeitos nesta quarta-feira (16), em Rio Claro, São Paulo Crédito: Polícia Civil de SP

No dia 30 de maio deste ano, nove meses após o crime, a primeira fase da mesma operação prendeu Ronaldo de Oliveira, conhecido como "Cupim", e seu sobrinho, Maycon Oliveira Trarbach. Agora, com as novas prisões, subiu para cinco o número de suspeitos detidos apontados pela Polícia Civil como envolvidos no crime. A principal de investigação, conforme divulgado por A Gazeta em junho, é a de que o crime tenha sido motivado por vingança. A investigação, que segue em andamento, é tocada pela Delegacia Especializada de Armas e Munições (Desarme) de Vitória.

Para o titular da Desarme, delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, a união das forças de segurança tem permitido o avanço das investigações. "Essa operação só foi possível graças à integração e colaboração entre as unidades, que atuaram de forma coordenada e estratégica, no cumprimento dos mandados. O comprometimento de todos os policiais envolvidos demonstra, mais uma vez, a força do trabalho conjunto no enfrentamento ao crime", disse.

Dias antes de ser morto, Leomar havia encaminhado ao Ministério Público (MPES) e à imprensa regional uma série de denúncias contra empresários e políticos supostamente envolvidos em esquemas criminosos em Governador Lindenberg. Um dos alvos dessas denúncias, conforme apuração de A Gazeta com fontes policiais e do MPES, é um homem também investigado no caso do homicídio e que seria sócio de Maycon, que residia na Grande Vitória.

'Vingança' pode estar por trás de assassinato de vereador no ES
Fotos Maycon Oliveira Trarbach, um dos presos na Operação Lista Negra Crédito: Reprodução / Facebook

As fontes detalharam à reportagem que ele teria passado a atuar nessa empresa em Governador Lindenberg a convite do tio, Ronaldo de Oliveira, conhecido como “Cupim”. Para a polícia, ambos não seriam os executores do crime, mas estariam diretamente envolvidos no assassinato do vereador, após sentirem que as denúncias feitas pelo parlamentar poderiam impactar os negócios.

De um lado, a prisão de Ronaldo de Oliveira, conhecido como
De um lado, a prisão de Ronaldo de Oliveira, conhecido como "Cupim"; de outro o local do crime e no destaque a vítima Crédito: Polícia Civil / Leitor / Montagem A Gazeta

No dia da deflagração da primeira fase da Operação Lista Negra, o delegado Guilherme Eugênio Rodrigues explicou que, naquela ocasião, duas pessoas haviam sido presas, mas que a polícia havia batido à porta de quase duas dezenas de suspeitos.

“Foram muitos mandados de pessoas que aparentemente se encontram, de alguma forma, envolvidas nesse homicídio. A prática de um homicídio não se resume à realização de disparos. Até que se chegue nessa etapa, há alguém que passa informações privilegiadas, monitora a movimentação da vítima, que apura as intenções da vítima, que levanta o local, pessoas que emprestam motos e armas. Não é impossível que um único homicídio chegue a mais de 10 condenações. Não posso dizer que isso vai acontecer, é muito cedo para afirmar, mas tento explicar porque tantas buscas para a elucidação do homicídio”, comentou.

"Nós temos mais de 10 pessoas na condição de suspeitas e muitas delas possuem armas registradas. Mas, diante da suspeita, estamos apreendendo para submeter a permanência do porte à apreciação do judiciário", acrescentou o delegado, em 30 de maio deste ano.

  • O então vereador e candidato à reeleição Leomar Cazoti Mandato (PV) foi assassinado na noite de 30 de agosto de 2024, na comunidade de Fazenda Bernabé, zona rural a cerca de 8 km do Centro de Governador Lindenberg, durante a campanha eleitoral das eleições municipais. No momento do crime, ocorria um encontro político com a presença de outros candidatos que também disputariam o pleito. A reunião era promovida pela Federação Brasil da Esperança (formada por PT, PV e PCdoB) e contava com apoiadores e moradores da região, após uma semana de campanha local.

  • Conforme informações da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), na noite daquela fática sexta-feira, dois suspeitos chegaram em uma motocicleta ao local do evento e a pessoa que estava na garupa do veículo atirou contra o vereador Leomar no momento em que ele realizava adesivagem de veículos com apoiadores na parte externa do local do comício. 

  • Depois, os atiradores fugiram. Na época do crime, o governador Renato Casagrande prestou condolências aos familiares e amigos do vereador em suas redes sociais. O chefe do Executivo falou na ocasião sobre os esforços das forças de segurança do Estado para localizar e identificar os autores do crime. 

  • "O assassinato do vereador Leomar Cazoti, de Governador Lindenberg, não ficará impune. Nossas forças de segurança estão mobilizadas e irão colocar os assassinos atrás das grades. Meus sentimentos aos amigos e familiares", publicou o governador Casagrande, nas redes sociais, na época.

A reportagem tenta localizar as defesas de Ronaldo de Oliveira, conhecido como "Cupim", e de sobrinho, Maycon Oliveira Trarbach. O espaço segue aberto.

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