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Polícia apreende drone que colocou helicóptero do Notaer em risco em Vila Velha

Polícia apreende drone que colocou helicóptero do Notaer em risco em Vila Velha

Caso aconteceu em fevereiro deste ano, quando equipamento se aproximou da aeronave em pleno voo no bairro Praia da Costa

Publicado em 30 de maio de 2025 às 07:47

 - Atualizado há 2 meses

Caso aconteceu na Praia da Costa, em fevereiro deste ano

Polícia Civil apreendeu um drone que colocou em risco um helicóptero do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo da Secretaria da Casa Militar (Notaer), enquanto voava na Praia da Costa, em Vila Velha. O caso aconteceu em fevereiro deste ano, mas o equipamento foi recolhido na última terça-feira (27), no bairro Jabaeté. 

Segundo a Polícia Civil, o drone pertencia a um comerciante de 34 anos, e se aproximou da aeronave que estava em pleno voo. Isso, segundo o delegado Rafael Correa, titular da Delegacia Especializada de Acidentes de Trabalho (Deat), pode configurar crime. 

"O autor desse crime publicou em redes sociais, inclusive fez collab com outros perfis (publicou em conjunto), que tiveram um alcance de cerca de 550 mil pessoas. Naturalmente algumas perceberam que tinha alguma coisa errada com um drone perseguindo um helicóptero. Esse caso rodou bastante, principalmente nos grupos de pilotos policiais, e com base nisso o Notaer foi cientificado e confeccionou o boletim de ocorrência", detalhou o delegado. 

Qual foi o crime?

O delegado explicou que o dono do drone pode ter cometido dois tipos de crimes e também contravenções penais. São eles:

  • Crime de expor a vida de pessoas a risco;
  • Crime de expor aeronave alheia a risco; 
  • Contravenções penais relacionadas à documentação da aeronave.

Isso porque, de acordo com o delegado, a regra para pilotos de drone é a seguinte: caso qualquer aeronave tripulada se aproxime, o drone deve interromper o voo e pousar. "É terminantemente proibido um drone estar no ar quando houver a presença de qualquer tipo de aeronave tripulada. Ele optou por continuar voando e ainda perseguir o helicóptero fazendo imagens", destacou Correa.

Quais eram os riscos?

Mas, por que ele não poderia se aproximar do helicóptero? O comandante do Notaer, coronel Daniel Madeira Quintella, explicou: "O drone não é um lazer, isso está colocando em risco uma população que não sabe que o poderia ter acontecido no caso de uma situação de colisão de drone com uma aeronave. Em situações mais severas, após uma colisão, uma aeronave pode cair".

No dia 9 de fevereiro, o helicóptero do Notaer estava sobrevoando a Praia da Costa, que estava cheia de banhistas, já que o dia estava com céu aberto. "Nossa aeronave estava fazendo patrulhamento de praia a baixa altura, a gente voa muito próximo, então claramente vimos a perseguição e aproximação do drone de forma intencional, colocando em risco não só o Notaer, mas todos que estavam ali", finalizou o comandante.

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