Publicado em 27 de maio de 2025 às 07:43
A Polícia Civil afirmou que o cabo da Polícia Militar Vitor Braga de Oliveira, de 36 anos, que estava de folga e matou com quatro tiros Janilson Victor Gomes, de 35 anos, na noite da última quarta-feira (21), agiu em legítima defesa. A morte do homem ocorreu no bairro Cantagalo, município de Anchieta, no Litoral Sul do Espírito Santo, e o policial alegou que atirou após ser ameaçado.>
Conforme boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, Vitor relatou que estava saindo de casa quando seu irmão ligou contando que ele e alguns amigos estavam jogando futebol em uma quadra, e Janilson teria chegado ao local e os ameaçado com uma arma. O cabo da PM disse que ficou preocupado com o irmão e foi até o local. Vitor disse que, após dar algumas voltas de carro pela região, em certo momento Janilson teria pulado na frente de seu veículo e o ameaçado. O policial alegou que ficou assustado com a atitude e atirou quatro vezes contra o homem.>
Vitor contou aos policiais que atenderam à ocorrência que Janilson estaria armado. No entanto, nenhuma arma foi apreendida com ele. O corpo do homem foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares. No momento do ocorrido, o cabo foi levado para a Delegacia Regional de Guarapari, autuado em flagrante por homicídio e encaminhado ao presídio militar. A pistola calibre .40 e as munições do policial foram recolhidas para passarem por perícia.>
A reportagem de A Gazeta procurou a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) para saber se Janilson teria passagens criminais anteriores. A pasta afirmou que o homem tem registros de entradas e saídas no sistema prisional a partir de julho de 2010 por crime de furto e roubo, e foi solto por meio de alvará expedido pela Justiça em agosto de 2022.>
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Dois dias após o ocorrido, na noite de sexta-feira (23), Vitor Braga de Oliveira foi liberado e deixou o presídio militar, segundo a PM.>
A reportagem voltou a procurar as polícias Militar e Civil, na segunda-feira (26), após receber informações de que uma operação teria sido realizada na casa de Janilson Victor Gomes no fim de semana. Em nota, a Polícia Civil disse que as duas corporações realizaram ações conjuntas no último domingo (25) para esclarecer a morte do homem. "Em cumprimento a mandados de busca e apreensão, as equipes atuaram para localizar a arma utilizada pelo traficante abatido, que até o momento ainda não foi encontrada", iniciou a corporação.>
A Polícia Civil afirmou ainda que "em um dos mandados de busca e apreensão realizados no domingo, a viúva (de Janilson) foi conduzida com 10 pinos de suposta cocaína. Ela não foi autuada no momento, sendo liberada, mas responderá pelo crime de tráfico de drogas em liberdade".>
Por fim, a corporação afirmou que "durante as investigações preliminares, ficou evidenciado que o militar estadual agiu em legítima defesa". Segundo a Polícia Civil, o Inquérito Policial será concluído assim que todos os laudos periciais forem recebidos e analisados.>
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