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Padre de Ibatiba é investigado pela polícia por abuso sexual

Padre de Ibatiba é investigado pela polícia por abuso sexual

O padre Gelson de Souza chegou a ser encaminhado para Centro de Triagem de Viana (CTV), mas foi liberado após uma audiência de custódia. A Diocese de Cacheiro de Itapemirim afastou o pároco das funções na igreja até que os fatos sejam esclarecidos

Publicado em 29 de outubro de 2019 às 18:34

Padre foi preso acusado de abuso sexual Crédito: Arquivo Pessoal

O padre Gelson de Souza, que ficou "famoso" após adotar um cachorro de rua que pedia carinho durante missa em Ibatiba, foi preso na manhã do último domingo (27) acusado de assediar um adolescente de 14 anos.

De acordo com a Polícia Militar, o órgão foi acionado pelo pai do menino, que relatou ser morador de Cachoeiro de Itapemirim. O pai disse à PM que no sábado (26), o filho havia seguido para Vista Alegre, em Ibatiba, na companhia do padre para passar um final de semana na residência dele.

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Padre de Ibatiba é investigado pela polícia por abuso sexual

No entanto, durante a madrugada, o adolescente mandou mensagens para o pai pedindo socorro, informando que estava sendo assediado pelo padre. Uma guarnição da PM seguiu até o endereço informado, onde localizou o menor, que confirmou o conteúdo das mensagens enviadas anteriormente.

Questionado pela polícia, o padre relatou, segundo nota enviada pela Polícia Militar, que "apenas carinho normal havia acontecido". Naquele momento, ele foi encaminhado à Delegacia Regional de Venda Nova do Imigrante.

Conforme informou a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), Gelson de Souza deu entrada no sistema prisional, no Centro de Triagem de Viana (CTV), na última segunda-feira (28) e foi liberado nesta terça-feira (29) durante audiência de custódia. 

A Sejus afirmou, ainda, que Gelson foi preso com base no artigo 215-A do Código Penal, que diz: "Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro: (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018). Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave". 

Já a Polícia Civil informou, também por nota, que o conduzido foi autuado em flagrante por estupro de vulnerável e encaminhado ao sistema prisional. O caso seguirá sob investigação na Delegacia de Polícia de Ibatiba.

O OUTRO LADO

A reportagem de A Gazeta tentou contato por telefone com o padre por várias vezes desde às 16h35 da tarde desta terça-feira (29), mas o celular dele estava desligado. Nesta quarta-feira (30), a defesa do padre entrou em contato com a reportagem. Veja o posicionamento abaixo. 

"A Defesa de Pe. Gelson de Souza esclarece que a ele não foi imputado o crime de estupro de vulnerável conforme noticiado anteriormente, mas, por conta do inquérito tramitar em segredo de justiça não pode informar o conteúdo nele havido. Pe. Gelson confia plenamente no Poder Judiciário e afirma que sua inocência será reconhecida ao final deste capítulo de turbulência em sua vida. Informa ainda, que estão sendo publicadas pela imprensa notícias falsas à respeito do episódio, bem como 'vazamentos' ilegais e seletivos de partes do Inquérito Policial, os quais retirados do um contexto geral, induzem as pessoas a uma conclusão equivocada dos fato, razão pela qual acionará o Poder Judiciário para fazer valer seus direitos", finaliza. 

POSICIONAMENTO DA DIOCESE DE CACHOEIRO

Em nota, a diocese de Cachoeiro de Itapemirim informou que o Padre Gelson de Souza ficará afastado de suas funções de Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário até que os fatos sejam esclarecidos. "No momento não temos informações a passar sobre os fatos pois o processo é sigiloso".

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