Publicado em 22 de janeiro de 2023 às 10:54
- Atualizado há 3 anos
Um homem de 29 anos – identificado como Washington Gomes Damiane – morreu após levar várias facadas dentro de uma residência terapêutica no bairro Santana, em Cariacica, na madrugada deste domingo (22). >
A Polícia Militar (PM) informou que o suspeito é um colega da vítima e que ambos estavam internados dentro da instituição.>
Consta no boletim de ocorrência policial que Washington foi encontrado morto na cama, com perfurações no tórax e no pescoço. O suspeito, de 49 anos, estava no local e confessou o crime. >
Ele alegou aos policiais que comprou a faca para se defender, pois a vítima o agredia constantemente. Não suportando mais a situação, premeditou o crime.>
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A Polícia Civil informou que o suspeito, conduzido à Delegacia Regional de Cariacica, foi autuado em flagrante por homicídio e encaminhado para o presídio. >
O corpo da vítima foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser necropsiado e, posteriormente, liberado para os familiares.>
Questionada sobre o caso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) destacou que, diante do ocorrido, a direção da Residência Terapêutica Masculina II, em Cariacica, tomou todas as providências necessárias, acionando as autoridades policiais. Afirmou ainda que os familiares da vítima estão recebendo assistência do Serviço Social e Psicologia de referência da unidade.>
"A Sesa esclarece que mantém um Termo de Parceria para gestão das Residências Terapêuticas, que se constituem como alternativa de moradia para pessoas com doenças mentais, desinstitucionalizadas, com o objetivo de reintegrá-las a comunidade, atendendo as diretrizes da Política Nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde. Os pacientes são assistidos por uma equipe multidisciplinar composta por assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e pelo serviço de saúde mental do município", completou.>
Nesta terça-feira (24), a família da vítima procurou a reportagem de A Gazeta para questionar que não recebeu assistência da Sesa, diferentemente do que a instituição havia informado. Segundo a irmã Sanamara Damiane, de 25 anos, Washington também já tinha manifestado a vontade de trocar de quarto, o que foi comunicado à gestão da residência terapêutica. No entanto, de acordo com ela, o pedido foi negado. >
A pasta afirmou, por nota, que "não procede a informação de desassistência, sendo que uma equipe da Residência Terapêutica tem prestado assistência a família da vítima desde o dia do episódio". Destacou ainda que uma assistente social acompanhou todo o procedimento de informação à família, reconhecimento e liberação do corpo junto ao Instituto Médico Legal (IML), bem como mediante o velório e enterro.>
"A Sesa destaca que o único pedido do residente registrado pela equipe técnica foi o de voltar ao convívio familiar – fato que até então não havia se concretizado, pois a família alegou não ter condições de recebê-lo. Os pertences da vítima serão entregues à família ainda esta semana. A Sesa esclarece que mantém um Termo de Parceria para gestão das Residências Terapêuticas em que as equipes atuam conforme as diretrizes da Política Nacional de Saúde Mental", completou a nota.>
Desde o dia do fato, a reportagem tenta contato com o Instituto Vida e Saúde (INVISA), que é responsável pela administração da clínica e tem contrato com a Sesa para prestação de serviços. O espaço está aberto para a manifestação da parte.>
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