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Operação mira facção com núcleos operacionais e ação até em presídio no ES

Operação mira facção com núcleos operacionais e ação até em presídio no ES

Quadrilha agia com tráfico, de armas, lavagem de dinheiro e segurança clandestina; houve apreensão de bens, além do bloqueio de contas bancárias, aplicações financeiras e ativos patrimoniais – cerca de R$ 2,6 milhões

Publicado em 9 de maio de 2025 às 10:40

 - Atualizado há 5 dias

Uma operação contra uma organização criminosa foi realizada na manhã desta sexta-feira (9) nos municípios de Viana e Cariacica, na Grande Vitória. Segundo a Polícia Federal, as investigações apontaram que o grupo agia até mesmo de dentro de presídios do Espírito Santo. 

Polícia Federal divulgou que foi deflagrada, nesta sexta-feira (9), a Operação Selati – com objetivo de combater uma organização criminosa com atuação em Viana Cariacica, na Grande Vitória. A ação foi realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Espírito Santo (Ficco/ES), e apontou que o grupo agia até mesmo de dentro de presídios do Espírito Santo. A facção, conforme as investigações, era envolvida com tráfico de drogas, comércio ilegal de armas, lavagem de dinheiro e segurança privada clandestina. Foram cumpridos sete mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão.

Entre os presos, conforme apuração do repórter Caíque Verli, da TV Gazeta, está o advogado Jerick Marques de Souza, apontado com um dos envolvidos no esquema. Além dele, outra advogada, que está foragida, é alvo da Polícia Federal.

Além dos mandados cumpridos, houve apreensão de bens móveis e imóveis, e ainda o bloqueio de contas bancárias, aplicações financeiras e ativos patrimoniais – com valor total estimado em R$ 2,6 milhões. As investigações começaram após a prisão em flagrante de um dos integrantes por posse ilegal de armas. A partir daí, surgiram indícios de que o grupo operava de forma estruturada. Mesmo após a detenção do suspeito, as atividades criminosas do grupo continuaram e passaram a ser geridas de dentro do sistema prisional.

Conforme as investigações, a facção contava com uma estrutura criminosa bem organizada, com diferentes ramosde atuação. Durante as apurações, foi descoberto que a existência de núcleos no grupo. São elas:

  • Núcleo Gerencial: verificou-se que, após a prisão em flagrante realizada, a coordenação operacional passou a ser exercida por outros integrantes, com o apoio de subordinados responsáveis pela logística e transporte dos entorpecentes. 
  • Núcleo Técnico: foram identificados advogados que, de forma consciente e frequente, atuavam como intermediários para o repasse de ordens criminosas entre o líder preso e os demais membros.
  • Núcleo Financeiro: era responsável pela sustentação econômica da organização, ao movimentar e produzir recursos financeiros por meio dos negócios ilícitos.

A Operação Selati foi nomeada assim em referência a uma coalizão de leões do Parque Nacional Kruger, na África do Sul, que derrotou um grupo rival conhecido como "Mapogos" – codinome usado por um dos principais alvos da investigação.

A ação foi deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Espírito Santo (FICCO/ES) por Divulgação | Polícia Federal

O que é a Ficco|ES

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Espírito Santo (FICCO/ES), coordenada pela Polícia Federal (PF), é composta pelas Polícias Militar (PMES), Civil (PCES), Penal (PPES), pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), e pelas Guardas Municipais de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana.

Atualização
10/05/2025 - 14:13hrs
Esta reportagem foi atualizada com a informação da prisão do advogado Jerick Marques de Souza, durante a operação.
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