Publicado em 15 de março de 2025 às 20:57
Uma mulher de 42 anos foi presa em Ibatiba, na Região do Caparaó, no Espírito Santo, suspeita de integrar uma rede que comandava locais de prostituição na cidade e também no município vizinho de Irupi. A prisão aconteceu na sexta-feira (14) durante a operação Adsumus, que contou com 22 policiais civis e militares.
A ação é fruto de investigações iniciadas há 8 meses, que já haviam resultado na interdição judicial de oito estabelecimentos de Ibatiba. Os locais funcionavam como casas de prostituição.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher presa neste sábado é companheira de outra mulher, de 36 anos, alvo das investigações anteriores. Conforme apurado, a presa de 42 anos atuava como testa-de-ferro na prática dos crimes investigados.
Em setembro de 2024, três estabelecimentos vinculados à companheira da presa foram interditados. No entanto, dois novos locais foram abertos depois, um em Ibatiba e outro em Irupi.
A operação Adsumus tinha justamente o objetivo de verificar se as interdições dos estabelecimentos estavam sendo cumpridas e, ainda, se houve migração para algum outro ponto ou abertura de novas casas de prostituição.
A investigação apura os crimes de favorecimento à prostituição, manutenção de casas de prostituição e rufianismo, forma de exploração sexual que consiste em tirar vantagem financeira da prostituição de outra pessoa.
Além dos crimes citados, a PC esclareceu por meio de nota que o funcionamento desses estabelecimentos contribuía para a ocorrência de vários outros crimes em Ibatiba e Irupi, como tráfico e uso de drogas ilícitas, roubos, homicídios, lesões corporais e acidentes automobilísticos com vítimas.
Neste sábado, foram fiscalizados os oito locais que já haviam sido alvos da primeira fase da operação e, destes, foi constatado que um tinha voltado a funcionar. Outros três novos pontos de prostituição foram identificados, sendo dois deles em Ibatiba e um em Irupi.
Dois desses novos pontos foram abertos pela mulher de 36 anos que já era formalmente investigada. A ação civil pública prevê multa de até R$ 40 mil pelo descumprimento das ordens judiciais.
Segundo o Ministério Público, que acompanhou a operação, as provas coletadas neste sábado serão apresentadas à Justiça para aplicação das penalidades previstas.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta