Publicado em 21 de maio de 2025 às 17:45
O médico Celso Luís Ramos Sampaio foi condenado a 27 anos e nove meses de prisão pelo assassinato da ex-companheira, a pedagoga e miss pomerana Rayane Luiza Berger, de 23 anos, morta em 2015 na zona rural de Santa Maria de Jetibá, Região Serrana do Estado. O júri foi realizado nesta quarta-feira (21), no Fórum Criminal de Vitória. A Justiça determinou o cumprimento da pena em regime fechado e a prisão imediata do réu. >
Além da condenação por homicídio qualificado, a sentença determina o envio do caso ao Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES), que pode avaliar a cassação do diploma do médico. Também foi ordenado o bloqueio de bens e contas bancárias do condenado, e o pagamento de R$ 500 mil por danos morais à família da vítima.>
De acordo com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES), Celso foi condenado por feminicídio, com três qualificadoras: motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e violência doméstica. O caso causou comoção popular em Santa Maria de Jetibá, o que motivou o pedido de desaforamento — ou seja, a transferência do julgamento para Vitória, alegando risco à imparcialidade do júri.>
O julgamento estava inicialmente marcado para o dia 13 de março deste ano, mas foi adiado após a defesa apresentar uma liminar alegando ausência de mídias processuais anexadas ao processo há mais de oito anos.>
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Rayane Luiza Berger foi encontrada morta em 7 de junho de 2015, dentro de um carro submerso num rio na zona rural de Santa Maria de Jetibá. Inicialmente, o caso foi tratado como acidente. No entanto, investigações mostraram que ela foi dopada com medicamento de uso controlado e agredida na região da nuca pelo ex-companheiro, Celso Sampaio, que tinha 59 anos à època.>
O veículo estava trancado, sem marcas de frenagem e com os airbags intactos. Segundo o Ministério Público, o médico simulou uma colisão para forjar o acidente. A perícia e imagens de câmeras de segurança ajudaram a montar a cronologia do crime, apontado como premeditado.>
O casal tinha um histórico de relacionamento conturbado, com idas e vindas. Na época, Celso já cumpria pena de 16 anos por outro homicídio. A partir das provas reunidas, ele foi denunciado por homicídio qualificado e levado a julgamento.>
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