Publicado em 3 de janeiro de 2018 às 17:21
- Atualizado há 6 anos
A Justiça determinou a soltura de um homem suspeito de ter dado o disparo que atingiu o menino Arthur Aparecido Bencid Silva, de 5 anos, morto com uma bala perdida na noite de réveillon enquanto brincava no quintal da sua casa na Zona Sul de São Paulo. O suspeito havia sido preso na noite de terça-feira (2), mas, como a Justiça não concordou com o pedido de prisão temporária feito pela polícia, ele foi colocado em liberdade na madrugada desta quarta-feira.>
O delegado Antônio Sucupira Neto, do 89º DP (Portal do Morumbi), disse que durante todo seu depoimento o suspeito negou ter passado perto da casa de Arthur, mas admitiu que estava com uma arma na noite de Ano Novo e que fez seis disparos para o alto. Os tiros foram dados na região de Parelheiros, no extremo Sul de São Paulo, a cerca de 30 quilômetros de onde o Arthur foi atingido, segundo o delegado.>
A polícia diz que baseou a prisão no fato de que o suspeito estava com uma arma irregular e em interceptações telefônicas que indicariam que ele estaria preocupado com a repercussão do caso. Para ter certeza de que a arma do suspeito deu o tiro que atingiu o menino Arthur, o delegado Antônio Sucupira Neto, do 89º DP (Portal do Morumbi) pediu um exame de balística. Os resultados ainda não ficaram prontos.>
"Para nós, ele continua como suspeito até que seja feito o confronto balísitico. Se confirmar que não foi do revólver dele, ele está descartado como suspeito", afirmou Sucupira, em entrevista à GloboNews na manhã desta quarta-feira (3).>
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ATINGIDO ENQUANTO BRINCAVA>
Arthur brincava com outras crianças no quintal de casa quando caiu no chão desacordado. Familiares e amigos notaram que ele tinha um sangramento na cabeça. Depois de ser atendido no Hospital Family, particular, ele foi levado para o Hospital Pirajussara, da rede pública. Entre os dois tendimentos, passaram-se cinco horas.>
Parentes que acompanharam a família disseram que Arthur não ficou no Family porque o hospital não dispunha de Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Uma tia do menino, Rosana Aparecido, disse que tentaram vaga em cerca de dez hospitais, entre públicos e particulares.>
Arthur só deu entrada no Pirajussara às 6h20m e não resistiu aos ferimentos. Morreu no fim da tarde de segunda-feira.>
O Hospital Family esclareceu que Arthur “foi atendido com rapidez” na emergência e que, apesar do início imediato do tratamento, o menino “chegou com dano neurológico importante”. O hospital informou que o processo de transferência “foi prolongado devido ao tempo de busca de vaga na rede SUS”. A procura, segundo eles, começou à 1h11m e terminou às 4h53m do dia 1º de janeiro — a busca foi feita em 12 hospitais da rede pública.>
A Secretaria estadual de Saúde de SP, responsável pelo Hospital Pirajussara, disse que Arthur deu entrada na unidade em “estado gravíssimo”, passou por avaliação médica e entrou em cirurgia. Também afirmou que não houve solicitação prévia de transferência do menino no sistema da Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross):>
“Depois disso, foi internado na UTI pediátrica e faleceu devido à gravidade clínica. Cabe esclarecer que o hospital não nega atendimento a nenhum caso de urgência”, diz a nota.>
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