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Pastor fazia sessões de hipnose para estuprar meninos no ES, diz polícia

Pastor fazia sessões de hipnose para estuprar meninos no ES, diz polícia

Homem de 49 anos foi preso no distrito de Maimbá, em Anchieta, após investigações que identificaram quatro vítimas adolescentes

Publicado em 28 de julho de 2025 às 06:30

Investigações da Polícia Civil apontaram que um pastor de 49 anos, que foi preso na manhã da última sexta-feira (25) em Anchieta, no Sul do Espírito Santo, suspeito de estuprar quatro meninos, usava técnicas de hipnose para abusar das vítimas A prisão do homem, que não teve o nome divulgado, aconteceu durante cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Anchieta, relacionado ao crime de estupro de vulnerável.

Segundo as investigações da Polícia Civil,  o suspeito usava artifícios religiosos e sessões de hipnose para abusar sexualmente de adolescentes do sexo masculino. As situações ocorreram em diferentes locais: em três casos, na sua residência, e em um deles, no banheiro de uma igreja local.

Caso é investigado pela Delegacia Regional de Anchieta
Caso é investigado pela Delegacia Regional de Anchieta Crédito: Divulgação/Sesp

De acordo com a delegada Luiza Jacob, da 10ª Delegacia Regional de Anchieta, as investigações foram iniciadas em setembro de 2024, após a mãe de uma das vítimas registrar um boletim de ocorrência.

"Teve ao menos quatro vítimas, todas do sexo masculino e maiores de 14 anos. O suspeito apresentava um modus operandi específico, utilizando artifícios religiosos para enganar as vítimas. Ele realizava cultos e sessões de hipnose em diferentes locais: em três casos, na sua residência, e em um deles, no banheiro de uma igreja local. Durante esses encontros, o homem dizia que realizaria “curas” e submetia os jovens a sessões de hipnose. Explorando o estado de vulnerabilidade das vítimas durante a hipnose, os abusos ocorriam”, explicou a delegada.

Embora as vítimas fossem maiores de 14 anos, o caso foi enquadrado no artigo 217-A, §1º, do Código Penal, que considera vulnerável quem não pode oferecer resistência, mesmo sem uso de violência física ou grave ameaça, como ocorreu neste caso durante as sessões de hipnose.

“Nesse caso, embora não tenha havido violência física ou grave ameaça, as sessões de hipnose criavam uma situação em que as vítimas estavam impossibilitadas de resistir. Foi com base nisso que a conduta foi enquadrada como estupro de vulnerável, conforme entendimento da Polícia Civil e do Ministério Público”, explicou a delegada

Segundo a delegacia de Anchieta, as investigações foram concluídas. O suspeito não resistiu à prisão e foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Serra, por se tratar de crimes contra a dignidade sexual de vulneráveis.

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