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Empresas envolvidas no 'Golpe do Consórcio' vão devolver valores aos lesados no ES

Empresas envolvidas no 'Golpe do Consórcio' vão devolver valores aos lesados no ES

As vítimas que manifestarem interesse, receberão os valores pagos integralmente, sem descontos e sem a necessidade de ação judicial

Publicado em 17 de outubro de 2023 às 19:35

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Operação Fraus 2: empresas envolvidas se comprometem a restituir valores de contratos firmados no ES
As investigações comprovaram que uma empresa da cidade mineira, que administra grupos de consórcios. (Ministério Público do ES)

As empresas envolvidas no ‘golpe do consórcio’ se comprometeram a restituir os valores de contratos firmados no Espírito Santo e encerrar todas as atividades em solo capixaba. Elas faziam venda irregular de consórcios e cartas de crédito por meio de uma empresa de Linhares, no Norte do estado. A decisão foi anunciada nesta terça-feira (17) pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

As vítimas que manifestarem interesse, vão receber os valores pagos integralmente, sem descontos e sem a necessidade de ação judicial. Para isso, deverão fazer contato diretamente com as empresas. As pessoas estão sendo contactadas pessoalmente, por telefone, com gravação da conversa para comprovar o contato da empresa.

A decisão aconteceu por meio de ação do MPES, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Norte) e da Promotoria de Justiça Rio Bananal. A descoberta dos crimes se deu durante a Operação Fraus 2, deflagrada em 13 de setembro

O objetivo da Operação, segundo o MP, foi apurar a existência de organização criminosa responsável pela venda irregular de consórcios e cartas de crédito. A investigação comprovou que uma empresa que administra grupos de consórcios e localizada em Caratinga, Minas Gerais, comandava a organização criminosa, fazendo parcerias com empresas locais em diversas cidades, para a comercialização de supostas cartas de crédito.

No estado, o Ministério contou que a empresa do Norte capixaba "tinha a função de induzir ao erro as vítimas/consumidores com a falsa promessa de concessão de créditos em nome da empresa mineira", explicou.

O golpe, de acordo com o MPES, era aplicado da seguinte forma:

  • Em redes sociais, eram lançados anúncios de venda de propriedades rurais e casas com a oferta de cartas de créditos de consórcios;
  • Quando uma vítima entrava em contato com a empresa de Linhares demonstrando interesse em adquirir um imóvel, era ofertado um consórcio desde que fosse feito um depósito a título de entrada e o restante do valor seria dividido em várias parcelas, dada a certeza de que a pessoa iria receber a carta de crédito em seguida;
  • Quando a empreitada alcançava seu objetivo, as vítimas depositavam os valores diretamente na conta da empresa de Caratinga;
  • O dinheiro, por sua vez, ficava “preso” uma vez que, na verdade, se tratava de um grupo de consórcio.

Quando a empreitada criminosa alcançava seu objetivo, as vítimas depositavam os valores diretamente na conta da empresa de Caratinga/MG. Celebrado o contrato, o dinheiro ficava “preso” uma vez que na verdade se tratava de um grupo de consórcio.

Duas pessoas presas

No dia 13 de setembro, o MPES, por meio da Gaeco Norte e da Promotoria de Justiça Rio Bananal, cumpriu, dois mandados de prisão preventiva na cidade de Caratinga, em Minas Gerais, durante a Operação Fraus 2. As investigações comprovaram que uma empresa da cidade mineira, que administra grupos de consórcios, comanda a organização criminosa, fazendo parcerias com empresas locais em diversos municípios para a comercialização de suas supostas cartas de crédito. O proprietário se encontra foragido desde a primeira etapa das investigações.

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