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Dupla é presa por torturar, matar e arrastar corpo de jovem na Serra

Dupla é presa por torturar, matar e arrastar corpo de jovem na Serra

Polícia Civil divulgou vídeo que mostra o corpo de Isaac Mota Pereira Silva, de 25 anos, sendo arrastado por suspeitos em rua de Feu Rosa

Publicado em 30 de maio de 2023 às 13:07

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Dois homens foram indiciados sob acusação de torturar, matar e depois arrastar o corpo de Isaac Mota Pereira Silva, de 25 anos, por ruas do bairro Feu Rosa, na Serra, em janeiro deste ano. Os suspeitos Jhonatan Setiba Fonseca, vulgo “Monstrinho”, de 21 anos, e Iarlison Ponte Silva, 19, ainda enterraram o corpo da vítima em uma cova rasa em terreno baldio da região.

Polícia Civil divulgou nesta terça-feira (30), as imagens do momento em que a vítima teve o corpo arrastado pelos suspeitos.

Jhonatan Setiba Fonseca, de 20 anos, e Iarlison Pontes Silva, de 19 anos
Jhonatan Setiba Fonseca, de 21 anos, e Iarlison Pontes Silva, de 19, foram presos. (Divulgação | Polícia Civil)

O adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de (DHPP) da Serra, delegado Daniel Fortes, explicou que, na madrugada do dia 6 de janeiro, Isaac estava em um quiosque da praça de Feu Rosa quando discutiu com o dono do estabelecimento e um cliente.

Indivíduos que fazem parte do tráfico de drogas da região viram a discussão e foram questionar Isaac sobre o porquê da briga. O jovem, que era formado em Direito, e o grupo de criminosos iniciaram uma discussão. Foi quando ele passou a ser agredido.

Aspas de citação

Nesse momento, inicia-se um espancamento da vítima na praça, como uma forma de mostrar poder e autoridade para a população

Daniel Fortes
Delegado adjunto da DHPP da Serra
Aspas de citação

Após o espancamento, Jhonatan e Iarlison arrastaram a vítima pela Rua Recanto Verde e pararam em determinado local, onde continuaram chutando a cabeça de Isaac.

Nas imagens divulgadas, é possível ver quando um morador passa e observa as agressões. Segundo o delegado Daniel Fortes, outras testemunhas presenciaram o crime, mas, por medo, não se envolveram.

Após alguns minutos de constantes agressões, os dois indiciados deixaram o corpo de Isaac para decidir o que fariam com ele. Em seguida, retornaram com uma terceira pessoa e, juntos, arrastaram a vítima até um terreno baldio do bairro Feu Rosa, onde enterraram em uma cova rasa.

Apenas no dia seguinte, através de denúncias anônimas a familiares, é que o corpo de Isaac foi encontrado.

A partir de investigações e de denúncias anônimas, a Polícia Civil chegou aos dois suspeitos e a outros envolvidos na tortura da vítima.

Jhonatan Setiba Fonseca, vulgo “Monstrinho”, foi preso pela equipe da DHPP da Serra no dia 12 de maio. Já Iarlison Ponte Silva foi preso no dia 17 do mesmo mês, pela Polícia Militar, na praça principal de Feu Rosa. Os dois vão responder por homicídio e ocultação de cadáver.

Outras três pessoas vão responder por ocultação de cadáver, mas estão em liberdade.

O adjunto da DHPP da Serra, delegado Daniel Fortes, ressaltou que a vítima não tinha envolvimento com drogas e era querido por moradores do bairro.

Delegado Rodrigo Sandi Mori, delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda, e adjunto da DHPP da Serra, delegado Daniel Fortes
Delegado Rodrigo Sandi Mori, delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, e adjunto da DHPP da Serra, delegado Daniel Fortes. (Divulgação | Polícia Civil)

Suspeito já responde por outro homicídio

Jhonatan Setiba Fonseca já responde por um homicídio cometido em 31 de maio de 2020 no bairro Cantinho do Céu, na Serra. Por ser réu primário até então e ter residência fixa, ele havia recebido o benefício de responder por esse crime em liberdade.

De acordo com o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, no dia do crime, ele arrombou a porta da residência da vítima e a matou com seis disparos de arma de fogo.

“Três dias depois do crime, realizamos a prisão dele e apreendemos a arma. Porém, ele acabou respondendo em liberdade. A brutalidade e covardia desse indivíduo demonstram que ele não tem condições de permanecer em liberdade”, afirma Sandi Mori.

Para o delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda, o resultado das prisões veio de uma investigação elaborada.

“Os dois foram presos por um crime cruel, bárbaro, sem um pingo de sentimento e amor pelo próximo. A forma como fizeram é típica do código do tráfico para mostrar poder e autoridade”, disse José Darcy. 

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