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Criança é deixada morta em UPA de Vila Velha; polícia investiga o caso

Criança é deixada morta em UPA de Vila Velha; polícia investiga o caso

Namorado da mãe da vítima teria levado a criança à unidade de saúde, alegando uma infecção preexistente e que ela estava passando mal, mas bebê de 1 ano e 6 meses já chegou morta ao local

Felipe Sena

Repórter / fsena@redegazeta.com.br

Publicado em 11 de maio de 2025 às 16:10

Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) investiga o caso
Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) analisa o caso Crédito: Divulgação | Polícia Civil
Atualização
11/05/2025 - 19:40hrs
A reportagem foi atualizada com a informação de que o casal, padrasto e mãe da criança, foram presos em flagrante pela Polícia Civil. 

Uma criança de 1 ano e 6 meses chegou morta à UPA de Riviera da Barra, em Vila Velha. A mãe e o namorado dela foram levados à delegacia para darem esclarecimentos sobre o caso, registrado na noite de sábado (10) e posteriormente foram presos em flagrantes suspeitos pela morte da criança.

Segundo a Polícia Civil, o casal foi preso em flagrante ainda no sábado porque a menina, chamada Agatha Ester Santos Barbosa, tinha sinais de violência. A mãe foi identificada como Paula Nazarett dos Santos Barbosa, 31 anos, e o namorado dela como José Wilson Guimarães Júnior, de 38 anos.

De acordo com o laudo do médico legista, as lesões encontradas na vítima são incompatíveis com causas naturais ou queda, sendo compatíveis com traumas provocados por terceiros.

Segundo a Polícia Civil, em nota no início da noite deste domingo, os dois foram autuados em flagrante por homicídio qualificado com emprego de meio insidioso ou cruel contra menor de 14 anos. Após os procedimentos de praxe, eles foram encaminhados ao sistema prisional. Em informação de manhã, a PC não havia confirmado a prisão dos envolvidos no caso.

Conforme boletim da PM, José Wilson tem medidas protetivas pela Lei Maria da Penha contra ele.

Em entrevista por telefone à TV Gazeta, a madrinha da criança contou que viu a afilhada na última quinta-feira (8) e que ela estava passando mal, com infecção urinária e diarreia. "Ela estava com uma infecção no sangue e na urina. Tomou o último remédio na quinta-feira à noite, prescrito para sete dias de tratamento. As perninhas, os bracinhos, tudo estava limpinho (sem machucados). Só estava com diarreia", disse a madrinha. Vizinhos da mãe, ouvidos pela reportagem, disseram que a mãe e o namorado saíram de casa com a menina depois que ela teve falta de ar.

Segundo boletim de ocorrência da Polícia Civil, o namorado teria levado a criança à unidade de saúde alegando essa infecção preexistente e que ela estaria passando mal, mas a vítima já chegou morta ao local. O médico legista do Instituto Médico-Legal (IML) comunicou à polícia que, baseado em uma perícia preliminar, havia lesões no corpo, com hematomas principalmente na região do tórax. "As lesões no corpo da menina eram graves e compatíveis com agressões por terceiros, descartando quedas acidentais ou doenças naturais", informa o documento. No registro policial, é informado que o legista não iria finalizar o laudo no mesmo dia.

Ainda no boletim, após receber essas informações do legista, uma equipe da Polícia Civil saiu em captura da mãe da criança e do seu companheiro, sendo conduzidos até a delegacia.

A Polícia Civil informou que o corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica, para ser identificado e para ser feito o exame cadavérico, que identificará a causa da morte. O caso foi encaminhado para a Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), que aguarda os resultados dos exames para definir se haverá instauração de inquérito, caso seja constatada morte violenta.

A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus-ES) informou, na noite de domingo (11), que o casal deu entrada no sistema prisional durante a manhã.

Prisão mantida

O casal passou por audiência de custódia na segunda-feira (12) e, segundo o Tribunal de Justiça do Espírito Santo, o homem e a mulher tiveram a prisão preventiva decretada.

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