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Como grupo se passava por órgãos públicos para tirar dinheiro da Caixa

Como grupo se passava por órgãos públicos para tirar dinheiro da Caixa

Criminosos alvos de operação da Polícia Federal no Espírito Santo e em Minas Gerais verificavam que órgãos públicos tinham dinheiro em contas e criavam ofícios fictícios pedindo transferência das quantias

Publicado em 9 de agosto de 2023 às 09:53

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura
Operação Fake Mail: PF prende 6 no ES e em MG por golpes contra a Caixa
Operação Fake Mail: PF prende 6 no ES e em MG por golpes contra a Caixa. (Polícia Federal)

A quadrilha alvo da Operação Fake Mail, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (9) no Espírito Santo e em Minas Gerais, se passava por prefeituras e outros órgãos públicos para conseguir aplicar golpes e retirar dinheiro da Caixa Econômica Federal

A reportagem de A Gazeta apurou que o grupo criminoso verificava que determinados órgãos públicos, associações e prefeituras tinham dinheiro em contas da Caixa. A partir daí, criava ofícios fictícios e mandava esses documentos falsos para o banco via e-mail.

Esses ofícios solicitavam que o dinheiro fosse transferido da conta desses titulares para a conta dos membros da quadrilha. Em muitas ocasiões, o gerente do banco fazia a transferência sem observar que o ofício não era verdadeiro.

Como os ofícios fraudulentos não partiam dos titulares da conta, que eram órgãos públicos, o dinheiro das contas caía nas contas do grupo criminoso.

A quadrilha fazia então uma "ciranda financeira" – termo usado pela Polícia Federal para explicar a transferência do dinheiro para outras contas –, para dificultar o rastreio da origem dos recursos. 

Seis presos no ES e em MG 

Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Domingos Martins e Marechal Floriano, na Região Serrana do Espírito Santo, além de Vila Velha e Cariacica, na Grande Vitória, e Betim, em Minas Gerais. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte, capital mineira. 

Os investigados responderão pelos crimes de fraude eletrônica e associação criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 11 anos de prisão e multa.

A investigação da Polícia Federal em Minas Gerais conta com o apoio da Superintendência da corporação no Espírito Santo, da Diretoria de Inteligência Policial e da Secretaria de Estado da Justiça capixaba (Sejus).

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