Repórter / [email protected]
Publicado em 4 de fevereiro de 2023 às 19:03
O julgamento do ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves foi marcado para o dia 13 de março, no Fórum da Cidade de Linhares. Ele vai a júri popular. Georgeval é acusado de ter estuprado e matado o filho Joaquim Alves, 6 anos, e o enteado Kauã Butkovsky, 3, na casa em que a família morava em Linhares, em 2018. Depois do crime, ele incendiou o imóvel. >
Na mesma decisão em que definiu a data do julgamento, o juiz da Primeira Vara Criminal de Linhares Tiago Fávaro Camata manteve a prisão preventiva do acusado, “como medida de garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal".>
Os advogados de acusação Síderson Vitorino e Lharyssa Almeida declararam em nota à imprensa que estão “preparados para requerer mais de 100 anos de prisão para Georgeval Alves, pelos crimes que cometeu”.>
Síderson ainda destacou: "Os crimes praticados por Georgeval Alves, além de repugnantes, colocam em negativa de vigência o dever paterno de guarda e cuidado, tanto do seu filho natural Jhoaquim, quanto de seu enteado Kauã. Crianças indefesas que tiveram a triste sorte de ter na figura paterna o algoz de um trágico destino. Trata-se de um crime bárbaro em que a sociedade quer por resposta a pena máxima em todos os quesitos levados ao tribunal do júri”.>
>
O advogado Deo Moraes Dias, que faz a defesa de Georgeval, também foi procurado pela reportagem. Veja nota na íntegra: >
"O advogado de defesa de Georgeval Alves informa que não irá usar de nenhum subterfúgio para tentar comover a sociedade. Aliás, o julgamento tem que ser no plenário do Tribunal do Júri nos dias 13,14 e 15 de março. A defesa também lamenta que o assistente da acusação esteja já condenando o réu antes da sentença transitar em julgado. Esse princípio se aprende nos primeiros semestres da faculdade. A defesa também deixa claro que espera justiça".>
Os irmãos Joaquim Alves, na época com três anos, e Kauã Salles Butkovsky, de seis anos, foram assassinados no dia 21 de abril de 2018 na residência onde moravam, no Centro de Linhares. >
Segundo a Polícia Civil, eles sofreram abuso sexual e estavam vivos, desacordados em uma cama, antes de morrerem após um incêndio criminoso atingir a casa. Na casa, com os meninos, estava Georgeval Alves Gonçalves, acusado do crime. >
O ex-pastor era pai de Joaquim Alves e padrasto de Kauã Salles Butkovsky, filho do primeiro casamento de Juliana Pereira Sales Alves com o empresário Rainy Butkovsky. Juliana teve outro filho com o ex-pastor, além de Joaquim.>
Georgeval foi detido durante as investigações. Em maio de 2019, por decisão do juiz André Bijos Dadalto, da Primeira Vara Criminal de Linhares, ele foi pronunciado (decisão que o encaminhou para o Tribunal do Júri) por homicídio duplamente qualificado, estupro de vulneráveis e tortura. >
Após essa decisão, recursos foram apresentados pelos advogados de defesa e analisados pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta