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Ataque a escolas em Aracruz: o que se sabe até agora e o que falta esclarecer

Ataque a escolas em Aracruz: o que se sabe até agora e o que falta esclarecer

O suspeito foi preso no início da tarde e levado para a Delegacia de Aracruz. Ainda não há a informação se houve participação de outros indivíduos nas ações

Publicado em 25 de novembro de 2022 às 15:58

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Polícia Militar, Polícia Civil, Perícia e Rabecão na escola estadual Primo Bitti, em Aracruz, onde ocorreu ataque por atirador
Polícia Militar, Polícia Civil, Perícia e Rabecão na escola estadual Primo Bitti, em Aracruz, onde ocorreu ataque por atirador. (Fernando Madeira)
Felipe Sena
Estagiário / [email protected]

Duas escolas de Aracruz sofreram um atentado na manhã desta sexta-feira (25), quando um suspeito invadiu atirando a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Primo Bitti e o Centro Educacional Praia de Coqueiral (CEPC). Três pessoas morreram no local e 13 pessoas ficaram feridas.

Os ataques começaram por volta de 10h. O suspeito foi preso no início da tarde e levado para a Delegacia de Aracruz. Ainda não há a informação se houve participação de outros indivíduos nas ações. Confira abaixo o que já se sabe e o que falta esclarecer sobre a tragédia.

Quem são as vítimas?

Entre as vítimas fatais, duas delas eram mulheres, professoras da Escola Estadual Primo Bitti. A outra vítima fatal é um estudante de 12 anos, do 6º ano do Centro Educacional Praia de Coqueiral, no mesmo bairro. Os nomes dos mortos não foram confirmados até o momento.

Outras cinco vítimas baleadas estão em estado gravíssimo em hospitais do interior e na Grande Vitória. Três estão no Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra. Duas delas são mulheres adultas, além de uma terceira vítima grave, adolescente.

Outra criança foi levada para o Hospital São Camilo, em Aracruz, onde já passou por cirurgia. Uma adolescente de 15 anos está entubada, a caminho do Hospital Infantil, em Vitória. Além dessas, outras sete vítimas ficaram feridas no ataque, mas não correm risco de vida.

Quem é atirador?

O atirador é um aluno de 16 anos que ex-aluno da escola Primo Bitti. Ele estudou na escola até o mês de junho, quando a família solicitou a transferência dele para outro colégio. Ele é filho de um policial militar. Os nomes do suspeito e do pai não foram divulgados.

A roupa do atirador tinha imagens de suásticas. Ele usou duas armas no crime, sendo uma pistola e um revólver. Uma das armas era de propriedade particular da família e a outra era da Polícia Militar, que é usada pelo pai, segundo informações da Polícia Civil.

Qual é a motivação do crime?

Como a relação do atirador com as escolas ainda não foi confirmada, não é possível ter uma ideia do que teria motivado o crime. Na entrevista, Celante disse que a polícia chegou à identidade do atirador por causa do carro, um Renault Duster dourado.

"As investigações avançam e as equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil vieram de forma maciça de Vitória para apurar o caso", disse o secretário sobre a apuração das causas do crime.

Segundo a Polícia Civil, ele não tinha alvo definido. Porém, ele teria planejado o atentado por dois anos. 

O atirador foi preso?

Sim. O suspeito foi preso no início da tarde desta sexta-feira (25). A informação foi confirmada pelo capitão Alexandre, do 5º Batalhão da Polícia Militar.

O responsável pelo núcleo de comunicação da PRF, Izaque Rohr, informou que os números das placas do veículo usado foram fundamentais para a localização do suspeito.

"A partir das placas, o nosso setor de inteligência identificou o proprietário e monitorou o veículo. A casa onde o suspeito estava foi cercada por policiais militares, civil e pela PRF. O suspeito, a princípio, não resistiu a prisão devido à quantidade de policiais que o cercavam", afirmou Rhor.

O atirador agiu sozinho?

Informações iniciais obtidas pelas autoridades de segurança do Espírito Santo apontam que o suspeito de ter cometido os ataques a duas escolas em Aracruz teria agido sozinho.

"A informação preliminar, até pelo o que temos de imagens, é de que ele (o suspeito) estava sozinho e arrombou o cadeado para acessar a escola. Perto da entrada, fica a sala de professores, onde ele entrou no intervalo, e vitimou docentes", disse Marcio Celante.

Qual escola foi atacada primeiro?

Segundo o chefe da Seção de Planejamento do 5° Batalhão da Polícia Militar, o capitão Alexandre, a primeira escola a ser atacada foi a Primo Bitti. O atirador invadiu a escola com uma pistola e vários cartuchos, ido até a sala dos professores e começado a disparar.

De acordo com Celante, o atirador teria roubado uma chave da escola Primo Bitti que daria acesso diretamente à sala dos professores.

Depois ele foi para o Centro Educional Praia de Coqueiral (CEPC). Imagens da câmera de segurança da colégio registraram toda a ação do criminoso.

As imagens de câmeras de segurança do colégio particular mostram o momento em que o criminoso entra na escola usando uma roupa camuflada e máscara e com arma em punho. A ação dura cerca de um minuto.

O indivíduo entrou pelo portão da frente, que se encontrava aberto, e segue para dentro da escola, onde atira contra um aluno que estava dentro de uma sala. O vídeo mostra funcionários e estudantes fugindo do local após a invasão.

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