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Após quatro anos, homem que matou namorada esganada em Cariacica é preso

Após quatro anos, homem que matou namorada esganada em Cariacica é preso

O criminoso confessou que esganou a adolescente Juliana dos Santos, de 15 anos, até a morte, após desconfiar de uma suposta traição. Ele foi autuado por feminicídio e encaminhado ao presídio

Publicado em 16 de outubro de 2019 às 17:43

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Rafael da Silva Corrêa confessou que matou a namorada esganada em Cariacica. (Polícia Civil)

Quatro anos após matar a namorada esganada, em Nova Rosa da Penha I, em Cariacica, Rafael da Silva Corrêa, hoje com 25 anos, foi preso pela Polícia Civil. Ele confessou que esganou até a morte a adolescente Juliana dos Santos, de 15 anos, após desconfiar de uma suposta traição.  O criminoso foi autuado por feminicídio e encaminhado ao presídio. 

OUTUBRO DE 2015: O CRIME

A adolescente Juliana dos Santos foi encontrada morta dentro da casa que dividia com o namorado, por volta das 9h no dia 20 de outubro de 2015. O corpo da vítima foi encontrado em cima da cama, sem sinais de violência, por uma prima da menor, que tinha 16 anos.

O crime foi noticiado pela reportagem na época. Na ocasião, familiares contaram que o casal começou a namorar há cerca de um ano antes do crime e morava junto há um mês. A família da menina não era a favor do relacionamento, mas aceitou a vontade da adolescente. 

De acordo com a delegada Raffaella Almeida, titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), Rafael cometeu o crime por volta das 4h após ler mensagens no celular da adolescente e desconfiar de uma suposta traição.

"Logo após o assassinato, que aconteceu pela madrugada, testemunhas viram Rafael saindo do bairro com duas bolsas de viagem e uma televisão. As investigações apontam que ele pegou um ônibus para Vitória e foi para o Bairro da Penha, onde possui parentes. Como a vítima tinha costume de visitar a casa da tia toda manhã e não apareceu, familiares foram na casa dela e a encontraram morta", contou a delegada.

OUTUBRO DE 2019: A PRISÃO

O inquérito do caso foi concluído na época como feminicídio - homicídio contra a mulher em razão da sua condição como mulher. Porém, o criminoso continuou foragido por quatro anos. Com o objetivo de não deixar crimes antigos caírem no esquecimento, Raffaella Almeida afirma que desde que iniciou os trabalhos na DHPM, em janeiro de 2019, vem intensificando as investigações em casos que não eram solucionados há alguns anos. 

"Estamos fazendo um monitoramento de todos os casos antigos. Durante nossas investigações, tento mesclar um caso novo com  um antigo. Nosso objetivo é que casos antigos não caiam esquecimento e foragidos sejam capturados. Rafael tava entre os sete criminosos mais procurados pela DHPP. Desde Janeiro, já prendemos seis foragidos. Agora, são seis procurados na lista", explicou.

Rafael foi preso na noite da última quinta-feira (10) na casa onde morava com parentes em Alzira Ramos, em Cariacica. Ele confessou o crime e disse que estava arrependido.

"Ele não reagiu a prisão. Afirmou que na época era envolvido com a criminalidade. Falou, ainda, que hoje em dia estava na igreja, que aceitou Jesus, e que está arrependido do que fez", contou. 

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