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Agricultor colhe mandioca gigante no interior de Rio Bananal, no ES

Agricultor colhe mandioca gigante no interior de Rio Bananal, no ES

Raiz bateu os incríveis 2,39 metros e virou troféu na casa da família Biazati

Publicado em 6 de dezembro de 2019 às 19:11

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O agricultor Flávio Biazati exibe orgulhoso o aipim de mais de dois metros colhido por ele. (Arquivo pessoal)

A ideia era colher uma raiz de mandioca (também conhecida como macaxeira ou aipim)  para o consumo da própria família, mas, quando o lavrador Flávio Biazati, de 38 anos, foi arrancar o pé, veio a surpresa: debaixo da terra havia uma raiz gigante do tubérculo com cerca de 2,40 metros de comprimento. O feito ocorreu na tarde desta quinta-feira (05), no sítio onde ele é meeiro, localizado a cerca de dez quilômetros do Centro de Rio Bananal, região Norte do Espírito Santo.

O troféu, ou melhor, a mandioca virou motivo de orgulho para o lavrador, já que, em anos morando e trabalhando no campo, Flávio nunca havia visto ou colhido nada parecido.

NÃO É HISTÓRIA...

"Eu não cheguei a pesar, mas acho que passa de uns 20 quilos. Eu fiquei impressionado com o tamanho. Peguei até uma trena para medir. Deu 2,39 ao todo. Ainda não consumimos ela, está aqui como um troféu aqui em casa. Mas se estiver igual a outra raiz que tirei do mesmo pé, deve estar boa também", disse o agricultor.

EXPLICAÇÃO

De fato encontrar um exemplar deste tamanho não é tão comum. Segundo o engenheiro agrônomo Marcos Eugênio Lopes, da Amam Consultoria, a provável explicação para o desenvolvimento incomum do aipim é uma combinação de predisposição genética acrescida a fatores de clima e solo.

"Para ter uma precisão dos motivos seria necessário uma análise criteriosa da própria raiz para observar a genética da planta, além das condições do solo, adubação empregada, sazonalidade de chuvas. Porém, é bem provável que exista essa predisposição da planta, que encontrou no ambiente as condições necessárias para o desenvolvimento acima do normal. Em tempos de padronização na produção de alimentos, é a cada dia mais difícil que isso ocorra, pois o manejo de uma raiz desse porte não é fácil, por exemplo", salientou o agrônomo.

Marcos acrescentou ainda que a "próxima geração" da planta também pode apresentar as mesmas características, já que o replantio do aipim é feito por meio de uma rama do próprio pé retirado.

"Não é uma certeza que também se desenvolverá, mas o material genético do desenvolvimento é mantido. Novamente vai depender de uma combinação precisa das condições de solo, clima e adubação", finalizou.

Já o professor do curso de Agronomia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e também agrônomo Fábio Luiz Partelli disse que a variedade do aipim e também a idade da planta são condições que propiciam um crescimento avantajado.

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"Uma raiz de mandioca cresce em média meio metro por ano, mas em casos raros podem alcançar grandes tamanhos com menos de 18 meses de plantio. Nos grandes centros, as pessoas não estão tão habituadas com alimentos nessa proporção. Aí, quando aparece uma desse porte, acaba chamando a atenção. Quem é mais antigo ou do interior já deve ter participado ou ouvido falar até em competições de maior cacho de coco, raiz de aipim. Há relatos de exemplares de até 70 quilos", finalizou.

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