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Salário de médicos que atuam no Himaba não vai ser pago pela Sesa

Salário de médicos que atuam no Himaba não vai ser pago pela Sesa

Como a admissão desses profissionais foi viabilizada por contratos de pessoa jurídica,  a relação deles é diretamente com o Instituto Gestão e Humanização (IGH), que administrava o hospital. Alternativa será  recorrer à Justiça

Publicado em 20 de novembro de 2019 às 21:44

O pagamento das verbas indenizatórias e o salário em atraso do mês de outubro dos funcionários celetistas que atuavam no Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, começou a ser pago nesta quarta-feira (20). Mas a situação é diferente para os médicos da unidade, que  não recebem pagamento desde agosto.

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Salário de médicos que atuam no Himaba não vai ser pago pela Sesa

Os médicos possuíam contratos de pessoa jurídica para prestação de serviço com o Instituto Gestão e Humanização (IGH), que administrava o Himaba. O vínculo da organização social foi encerrado após o governo do Estado identificar uma série de irregularidades em contratos que passaram por auditoria neste ano. Com a mudança, os profissionais afirmam não ter informações sobre os salários atrasados.

Himaba: dívidas trabalhistas foram deixadas pela antiga gestão Crédito: José Carlos Schaeffer

A reportagem de A Gazeta conversou com uma médica, que preferiu não ser identificada mas relatou os problemas enfrentados pelos profissionais que atuam no local. Segundo ela, desde agosto os salários não foram pagos, e nenhuma informação sobre os pagamentos foi passada pela antiga administração ou pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). "É uma situação absurda. Em uma reunião, o IGH, que fazia a gestão do hospital, disse que não tem dinheiro para pagar todo mundo. E nada foi feito. E nós trabalhamos e continuamos trabalhando no hospital, dando plantões, quando poderia estar atuando em outro local", relatou a médica.

A Sesa informou, por intermédio de sua assessoria, que a contratação dos médicos foi viabilizada por contratos de pessoa jurídica e que, em função disto, a relação deles é diretamente com o IGH, que deixou de administrar o hospital. Informou ainda que não existe "viabilidade legal" para quitar o salário dos médicos e que a alternativa para eles será recorrer à Justiça para obter o pagamento.

Para quitar o salário de outubro e as as verbas rescisórias dos celetistas, a secretaria  recorreu à Justiça pedindo o bloqueio dos recursos do IGH a fim de garantir o pagamento dos servidores. A decisão da Justiça ocorreu na última quarta-feira (13).

Na tarde desta terça-feira (19), a Sesa informou que foi depositado o valor de R$ 8.731.107,23 na conta do Fundo Estadual de Saúde. O valor permitiu que se fosse iniciada a quitação das dívidas trabalhistas dos funcionários.

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