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Rodoviários de empresa que opera em Vitória continuam paralisação

Rodoviários de empresa que opera em Vitória continuam paralisação

Categoria cobra salário, adiantamento e ticket-alimentação; quase 100 ônibus da Viação Tabuazeiro estão parados, afetando passageiros de bairros da capital

Publicado em 23 de abril de 2020 às 19:32

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Ônibus municipais de Vitória também têm passagem reajustada
A Viação Tabuazeiro é uma das três que operam linhas do Sistema Municipal de Transporte de Vitória, os conhecidos ônibus verdinhos. (Arquivo A Gazeta/ Patrícia Scalzer)
Rodoviários de empresa que opera em Vitória continuam paralisação

Motoristas e cobradores da Viação Tabuazeiro divulgaram na tarde desta quinta-feira (23) que vão continuar com a paralisação de ônibus que começou as 4 da madrugada. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários).

A viação é uma das três empresas que operam linhas do Sistema Municipal de Transporte de Vitória, os conhecidos ônibus verdinhos. Os rodoviários cobram salário, adiantamento e ticket-alimentação que não foram pagos.

Quase 100 ônibus estão parados, segundo o Sindirodoviários, afetando passageiros de bairros como Maria Ortiz, República, Mata da Praia, Jardim da Penha, Praia do Canto, Jabour e Grande Vitória. No site da empresa, consta que a viação opera 23 linhas.

Segundo o Sindirodoviários, a empresa ainda não depositou o pagamento e os benefícios que deveriam ter caído até o quinto dia útil do mês. A reportagem de A Gazeta questionou o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Setpes) se houve algum acordo nesta tarde (23).

Em nota, o Setpes disse que os ônibus do sistema municipal de Vitória perderam mais de 80% dos passageiros desde que o coronavírus chegou ao Estado e teve início o isolamento social. "Além disso, as empresas não recebem subsídio do governo, ou seja, a arrecadação é diretamente das passagens de ônibus", detalhou.

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Muitos colaboradores foram afastados por estarem no grupo de risco, terem mais de 60 anos, ou estarem de atestado por conta da gripe. Ninguém foi demitido e os salários serão pagos integralmente pelas empresas

Nota enviada à imprensa
Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Espírito Santo (Sindirodoviários)
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Ainda de acordo com o Setpes, a projeção de custos para o mês de abril de 2020 contempla a exclusão da frota que não está sendo utilizada na operação. Entretanto, mesmo com os veículos parados, os custos fixos com mão-de-obra e benefícios, que representam em média 55% do custo do serviço, estarão sendo realizados pelas empresas.

O sindicato diz que as empresas estão com arrecadação de apenas 20% do faturamento, o que inviabiliza o pagamento de todas as despesas para operação da frota. "O Setpes informa ainda que, juntamente com a empresa Tabuazeiro, está buscando o melhor caminho para que as atividades sejam retomadas", afirmou.

O Setpes ainda protocolou junto à Secretaria Municipal de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana - Setran, um pedido de programa emergencial para manutenção da receita do Serviço de Transporte Público, a exemplo do que já vem sendo anunciado em outras cidades (aquisição de créditos de vale-transporte; pagamento do diesel) de modo a permitir continuidade da operação do serviço.

A Setran foi acionada pela reportagem, e disse que o município está avaliando o contexto da situação e uma solução conjunta com outras secretarias. "A Setran informa, ainda, que a questão trabalhista deve ser resolvida entre empregado e empresa", finalizou a nota.

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