Pelo menos 30 famílias que residem no condomínio Ourimar, na Serra, estão sem água. Segundo moradores, as bombas que levam a água da cisterna para as caixas não estão funcionando em dois prédios.
No bloco 6, os moradores estão desabastecidos desde a quarta-feira (13). São 15 famílias residindo sem ter água para beber e para cuidados básicos. Estou comprando água e até para fazer comida está difícil, pois não tenho saúde para subir com balde todo dia. As roupas ficam se amontoando no tanque e o ambiente do prédio já está com um odor insuportável, contou um morador que não quer ser identificado.
Já nesta terça-feira (19), foi a vez dos que residem no bloco 13 ficarem sem água. A bomba queimou pela terceira vez este ano. Não tenho dinheiro para mandar consertar como foi feito da última vez. E não sabemos o que fazer. A água não tem força pra subir até a caixa, contou uma moradora. As pessoas têm medo de se identificar e sofrerem represálias.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura da Serra, já que o condomínio recebe ações sociais da administração municipal e também é parceria da Caixa Econômica. Por meio de assessoria de imprensa, a prefeitura respondeu, inicialmente, que não havia nenhum registro de reclamação com relação ao abastecimento de água e que orientava os moradores a acionarem diretamente a Cesan.
A companhia foi procurada e, por sua vez, disse em nota que técnicos estiveram no local, mas o equipamento que está com defeito (a bomba dágua) é de propriedade do condomínio. A Cesan reforçou, ainda, que o abastecimento de água para todo o município da Serra está normal.
Ao ser questionada novamente após a resposta da Cesan, a Prefeitura de Serra alegou que a responsabilidade era da Caixa Econômica, já que Ourimar é um conjunto de habitação popular do governo federal. O condomínio é uma área particular de propriedade da Caixa, disse a nota.
A instituição também foi procurada e esclarece que a garantia de manutenção do equipamento que apresentou o defeito, cuja responsabilidade é da construtora responsável pela execução da obra, é de um ano contado a partir da entrega do empreendimento que ocorreu em junho de 2016. De acordo com a nota, desde então, a manutenção é de responsabilidade do condomínio do empreendimento.
Ao buscar contato novamente com moradores, a fim de identificar o síndico do condomínio, a informação foi de que não teria ninguém no cargo atualmente. E a gente fica aqui, sem saber o que fazer, não tem a quem pedir ajuda e com as torneiras secas, desabafou uma moradora.
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