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Em consulta informal, Ethel Maciel é escolhida para ser reitora da Ufes

Em consulta informal, Ethel Maciel é escolhida para ser reitora da Ufes

A palavra final, no entanto, será do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), porque essa pesquisa não é oficial e nem deliberativa. Cabe a ele definir quem será a nova reitora ou o novo reitor da Ufes

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 08:55

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Atual vice-reitora da Ufes, Ethel Maciel foi a escolhida por alunos e servidores para ser nova reitora. (Reprodução/ Instagram Ethel Maciel)

Atual vice-reitora da Ufes, Ethel Maciel, foi a escolhida pela maioria de professores, servidores e alunos da universidade para assumir a reitoria da instituição a partir de 2020. A comunidade acadêmica foi às urnas nesta quarta-feira (06) em uma consulta informal sobre a eleição. Ethel e seu vice, Roney Pignaton da Silva, obtiveram 67,5% dos votos válidos contra 32,5% da chapa adversária, encabeçada pela atual diretora do Centro de Ciências da Saúde, Gláucia Abreu.

A palavra final, no entanto, será do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), porque essa pesquisa não é oficial e nem deliberativa. Cabe a ele definir quem será a nova reitora ou o novo reitor da Ufes. O resultado da pesquisa será encaminhado para o Colégio Eleitoral, formado pelos conselhos superiores da Ufes, que precisam enviar para o Governo Federal uma lista tríplice com candidatos a reitor. Os conselheiros podem ou não levar em conta o que decidiu a maioria da comunidade acadêmica. O colégio vai definir no dia 5 de dezembro as três chapas que vão compor a lista que vai ser encaminhada para Bolsonaro. A chapa escolhida pelo presidente ficará à frente da Ufes pelos próximos quatro anos

Desde a redemocratização, os presidentes da República tem optado por respeitar a preferência da comunidade acadêmica, mas esse panorama mudou no governo Bolsonaro. Segundo um levantamento do site G1, desde que assumiu a Presidência, Bolsonaro escolheu não seguir a vontade da comunidade acadêmica na hora de nomear o novo reitor ou reitora de universidades federais em 6 das 12 oportunidades que teve.

CRÍTICAS AO GOVERNO BOLSONARO

Vice-reitora desde 2013, Ethel, por várias vezes, tem se posicionado contra as políticas públicas de educação do Governo Bolsonaro. Ela também é uma das vozes críticas ao "Future-se", projeto do Ministério da Educação que quer vincular parte do custeio das universidades federais à captação de recursos privados e regulamentar a gestão das instituições com participações de Organizações Sociais privadas. Adversária de Ethel, Gláucia também se posiciona contra o "Future-se', mas tem evitado criticar publicamente o presidente.

Foi entre os estudantes que a chapa de Ethel garantiu a grande maioria dos votos, com quase 85%. Ao todo, entre professores, alunos e técnicos-administrativos, quase 35 mil pessoas têm direito a voto. Além das duas chapas, a professora Surama Freitas, que atua no campus de Alegre, também manifestou o desejo de assumir a reitoria, mas escolheu não participar da consulta informal, que não é oficial, nem deliberativa. O nome dela, no entanto, pode constar na lista tríplice que será enviada ao Governo Federal. Isso porque a formação dessa lista cabe aos 77 conselheiros que compõem os conselhos superiores.

CURRÍCULO

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Graduada em Enfermagem pela Ufes, Ethel mestre em Enfermagem de Saúde Pública pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutora em Saúde Coletiva/Epidemiologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pós-doutora em Epidemiologia pela Johns Hopkins University. O candidato a vice-reitor na chapa de Ethel é Roney Pignaton, professor do Departamento de Computação e Eletrônica(DCEL) da UFES-Campus São Mateus

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