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Publicado em 27 de junho de 2019 às 20:49
- Atualizado há 6 anos
Duas estudantes da escola Clóvis Borges Miguel procuraram a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) nesta quinta-feira (27) para registrar um boletim de ocorrência contra o professor acusado de assédio sexual dentro da unidade escolar na Serra.>
Uma equipe da DPCA esteve na instituição onde as adolescentes estudam para iniciar uma apuração dos fatos. A Polícia Civil informou que a investigação está em andamento e outras informações não serão divulgadas por enquanto para não atrapalhar as investigações.>
A Polícia Civil orienta, ainda, que as vítimas desse tipo de caso registrem a ocorrência em qualquer delegacia, preferencialmente a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).>
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PROFESSOR FOI AFASTADO>
Nesta quarta-feira (26), o professor acusado foi afastado do cargo. Ele foi realocado em uma posição administrativa até que as investigações administrativas do caso sejam concluídas. A Secretaria de Educação do Espírito Santo informou que abriu um processo interno para investigar as acusações de assédio. Enquanto isso, o professor vai ficar afastado da escola para preservar as alunas e também a ele.>
Apesar de não ter um prazo de conclusão, a investigação é prioridade para o secretário de Estado da Educação, Vitor de Ângelo. >
"A minha orientação para a Corregedoria é que isso seja prioritário no conjunto de investigações para que a gente tenha uma resposta o mais rápido possível", declarou o secretário.>
Secretário de Estado da Educação
Caso as denúncias contra o professor sejam comprovadas, ele pode ser exonerado e perder o cargo. "O professor ao final do processo pode receber algumas punições, inclusive a demissão. Não há nenhuma orientação a princípio da Secretaria para fazer isso por enquanto, mas eu posso garantir que havendo elementos para exoneração, isso não será acobertado".>
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AS DENÚNCIAS>
As denúncias de assédio começaram no dia 19 de junho, depois que três alunas escreveram cartas para outros professores e estudantes alertando sobre piadas de cunho sexual que ouviam na escola. Elas relataram também sobre comentários feitos pelo professor sobre o corpo delas e como isso gerava constrangimento e desconforto.>
O caso ganhou repercussão na última segunda-feira (24), quando as estudantes publicaram os relatos de assédio no Twitter usando a hashtag #SuaAlunaNãoÉUmaNovinha, que foi compartilhada pelo ex-deputado Jean Wyllys. >
Os movimento gerado na rede social trouxe à tona outros relatos de assédio na escola Clóvis Borges Miguel, inclusive em anos anteriores. No Twitter, ex-alunas descreveram conversas e piadas de cunho sexual que ouviram na escola. Apesar dos relatos, não há nenhum registro de denúncias de assédios contra o professor, segundo a Secretaria de Educação. >
"A primeira denúncia que aconteceu contra ele foi dessas meninas, o que não significa que outras denúncias não possam aparecer até mesmo contra outros professores que estão lá ou passaram pela escola", disse de Angelo, que reafirmou o compromisso da Sedu em apurar os casos.>
"Eu recebo lamentando, obviamente, essas denúncias, porque de um lado a gente acaba tendo um indicativo de que aconteceu outras vezes e de outro, que ainda é mais grave, que estes alunos não tiveram oportunidade de falar, mas eu quero deixar claro que há total interesse nosso em tomar conhecimento desses casos para que a gente possa fazer a apuração e sendo procedente dar a devida punição ao servidor envolvido neste contexto", finalizou.>
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