Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 23:28
Por conta do risco de deslizamento de uma pedra no Morro do Jaburu, a Prefeitura de Vitória entrou com um pedido e obteve nesta quinta-feira (23) uma ordem judicial que possibilita a remoção imediata de 40 famílias do local. >
A medida foi tomada após dois dias de mobilização na comunidade, pelas equipes da Defesa Civil, sem conseguir adesão das pessoas em risco. Além disso, a prefeitura oferece um bônus moradia para as famílias se mudarem para um novo lar, além de acomodação em abrigos municipais.>
As famílias deverão deixar suas casas para que sejam iniciadas as obras de contenção dos blocos de pedra que colocam a comunidade em risco. Todas as famílias vão receber um benefício e já têm autorização para procurarem locais de residência durante o período da obra, estimado em seis meses, podendo ser prorrogado em função de condições climáticas ou de agravamentos que surjam durante as intervenções.>
Segundo a coordenadora interina da Defesa Civil de Vitória, a engenheira civil Sidneia dos Santos, a mobilização do órgão foi motivada por dois fatores: a necessidade de remoção dos moradores para o início da obra - previsto para março - e a previsão de chuvas fortes para a cidade nesta semana. "Três famílias já encontraram suas novas casas. Vamos avaliar se atendem a critérios de segurança e de regularização. Um vez aprovadas, o processo entra na fase final e logo as famílias poderão fazer a mudança", disse.>
>
Sidnéia dos Santos Assis
Coordenadora interina da Defesa Civil de VitóriaSegundo Sidneia, há vagas para cinco famílias no abrigo municipal e estão sendo organizados novos espaços para o acolhimento temporário das demais famílias. O transporte dos móveis para os espaços de acolhimento será feito pela Central de Serviços. E as necessidades individuais de cada família serão acompanhadas e encaminhadas pela rede socioassintencial do município. >
De acordo com a Prefeitura de Vitória, a encosta do Jaburu é monitorada desde 2007. Em março do ano passado, após visualização das rochas com uso de drone, a classificação subiu para o nivel 4, ou seja, alto risco.>
A obra vai representar um investimento de aproximadamente R$ 2,6 milhões, com recursos oriundos do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), da Caixa Econômica Federal. Os moradores dos imóveis na área de risco têm canais de comunicação direta com a Defesa Civil, além de participarem ativamente do Núcleo de Proteção e Defesa Civil (Nupdec) local, integrado por moradores voluntários devidamente treinados para atuarem em prevenção e em emergências.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta