Repórter / [email protected]
Publicado em 28 de junho de 2019 às 21:36
- Atualizado há 6 anos
O segundo professor denunciado por assédio sexual por alunas da Escola Estadual Clóvis Borges Miguel, na Serra, será afastado a partir de segunda-feira (1º). A informação foi confirmada ao Gazeta Online pelo secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, nesta sexta-feira (28). A acusação foi feita à Comissão de Proteção à Criança e ao Adolescente na quinta-feira (27).>
A nova denúncia foi feita por uma adolescente de 17 anos que estuda na escola. Em depoimento à comissão, ela relatou ter sido assediada por um dos professores na última segunda-feira (24) durante uma aula, quando ele fez comentários a respeito do corpo dela.>
Lorenzo Pazolini, presidente da Comissão e deputado
De Angelo explicou que a comissão tomou conhecimento do mesmo caso e, como se trata do mesmo contexto da outra denúncia, será instaurada uma investigação no âmbito da mesma sindicância.>
>
"Haverá uma sindicância envolvendo os dois professores. Poderá levar a um processo administrativo interno. Assim como o primeiro professor, esse outro docente também foi afastado para resguardar as alunas e o próprio professor. Vamos esperar o resultado das investigações", detalhou.>
AS DENÚNCIAS>
As denúncias de assédio começaram no dia 19 de junho, depois que três alunas escreveram cartas para outros professores e estudantes alertando sobre piadas de cunho sexual que ouviam na escola. Elas relataram também sobre comentários feitos pelo professor sobre o corpo delas e como isso gerava constrangimento e desconforto.>
O caso ganhou repercussão na última segunda-feira (24), quando as estudantes publicaram os relatos de assédio no Twitter usando a hashtag #SuaAlunaNãoÉUmaNovinha, que foi compartilhada pelo ex-deputado Jean Wyllys. >
Os movimento gerado na rede social trouxe à tona outros relatos de assédio na escola Clóvis Borges Miguel, inclusive em anos anteriores. No Twitter, ex-alunas descreveram conversas e piadas de cunho sexual que ouviram na escola. Apesar dos relatos, não há nenhum registro de denúncias de assédios contra o professor, segundo a Secretaria de Educação. >
"A primeira denúncia que aconteceu contra ele foi dessas meninas, o que não significa que outras denúncias não possam aparecer até mesmo contra outros professores que estão lá ou passaram pela escola", disse de Angelo, que reafirmou o compromisso da Sedu em apurar os casos.>
"Eu recebo lamentando, obviamente, essas denúncias, porque de um lado a gente acaba tendo um indicativo de que aconteceu outras vezes e de outro, que ainda é mais grave, que estes alunos não tiveram oportunidade de falar, mas eu quero deixar claro que há total interesse nosso em tomar conhecimento desses casos para que a gente possa fazer a apuração e sendo procedente dar a devida punição ao servidor envolvido neste contexto", finalizou.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta